Nem tô mais empregada. Nunca estive, aliás. Porque, ao meu ver, pra ser empregada eu precisaria receber. O cara só queria me pagar tipo em fevereiro. E oi, estamos em setembro. Pagaria uns 400 reais no total, por 4 meses de trabalho. Claro que depois eu ia ganhar mais, mas até lá, eu ia acabar recebendo por dia menos que o que um motoboy ganha por hora. Nada contra motoboys, obviamente. Mas eu quero minha parte em dólar.
100 reais por 20 dias de trabalho. 5 reais por dia. Um motoboy ganha 5 reais por hora. Se eu considerar que nem ajuda de custo ele ia me dar, eu, no fim do dia, iria ganhar -9,60.
Fora interromper meu sono quentinho, minhas madrugadas mais que produtivas no msn e dar olheiras pras minhas olheiras. Sem nem falar da sobriedade, né. It hurts.
Devo ter cara de masoquista, não é possível. Parei com isso, alguém avisa. Sou assim mais não. Não sou escrava, ó. Só do amor *violinos*
Eu não tava gostando, isso também pesou. No primeiro dia, durante o almoço, torci pra ser atingida por um assento de privada vindo do espaço. Como eu não tenho essa sorte, pensei seriamente em não voltar mais. Assim mesmo. Foi almoçar e nunca mais voltou. Mas ainda tenho um pouco de consideração, né. Aí pensei em ir num bar e beber aguarrás (o solvente, não a pinga). Mas me deu ânsia.
O bom é que psicólogo quase nunca assina contrato. Apesar de que nem teria o que assinar com o cara. Seria tipo o que? "Eu, alimaC yseehC sedohR, aceito trabalhar em regime de escravidão até quando o Sr. Bizarro quiser."? Não, né. Então pegaeu.
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Finalmente choveu. Tava me sentindo a Tina Turner em Mad Max.
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Vou comemorar o fato de ser 7 horas da manhã, eu ter ido dormir na metade de Jericho (umas 21h30) e acordado às 5h30 sem sono. Vou falar do que eu tenho assistido. Jericho não, né, porque passa segunda-feira, é escuro e meio lento. Aí eu durmo mesmo. O Skeet Ulrich é tãooo ruim, mamãe. Sempre a mesma cara. Mesma cara de besouro. E toda semana parece ser o mesmo episódio, de tão pouco que a gente aprende sobre os personagens. Isso me irrita. Tipo flashback de Lost, que mostra sempre a mesma coisa. Oh, o Sayid torturava mas parou. Oh, o Hurley tem azar. O Jack é fucked up. O Sawyer é ladrão com coração de ouro. A Kate não consegue parar de fugir. O Locke tem daddy issues profundos. Já entendemos. Espero (e isso não é spoiler) que Lost adote os fast-forwards de vez, acho mais interessante.
Here we go.
Nessa parte não tem spoiler, tudo que eu vou falar aqui já passou no Brasil. E não me spoilem.
Então. Ando assistindo Big Love, que tem as melhores mulheres da televisão atualmente (Weeds não conta). Como eu amo aquelas três, meu deus. Acho que redime o desserviço que Desperate Housewives faz pras mulheres. Pra quem não sabe, Big Love é sobre uma família mórmon. O cara tem três esposas. Por viverem fora da comunidade mórmon, eles têm que esconder a poligamia. A parte política me enche o saco, o que eu gosto mesmo é ver como as três se relacionam. O marido fica em segundo plano pra mim (surprise, surprise), de tão mais interessante que é a dinâmica entre as três. E tem o plus de ver a Melora Walters completamente surtada. Queria casar com a Barb, fofocar com a Nicki e ter a Margene de melhor amiga.
Tava vendo Dexter pela Fox por estar baixando muita coisa já. Mas não vai dar pra esperar a Fox não. Meu deus, que coisa boa. Eu prefiro muito mais a primeira parte da temporada, quando as histórias eram mais sutis e eles não afogavam a gente em cenas repetidas de quando ele foi encontrado. Claro que a mãe dele era marginal. Claro que ter visto a mãe ser retalhada fez com que ele fosse policial, assassino e perito em sangue. Não precisa ligar os pontos desse jeito, eu fico irritada quando fazem isso. Não precisa mostrar over and over again. No começo da temporada, eu pensava 'não seria legal se fizessem isso?'. E eles faziam. Era previsível mas de um jeito bacana. Depois descambou pro sentimentalismo, principalmente no penúltimo episódio (por mais que tenha sido escrito pelo meu querido Drew Greenberg).
De qualquer forma, tem o melhor casal da televisão, a Rita e o Dexter. A Rita tá no meu top 5 de personagens atualmente. A Julie Benz me surpreendeu muito. Queria ouvir no original, com aquela vozinha dela que deve quebrar a cada dois segundos. Vou baixar.
Como se eu não estivesse satisfeita com o meu nível de nerdice, comecei a ver Doctor Who e Torchwood. Alguém me avisa que, se continuar assim, vou ter minha virgindade de volta.
Um pouco de spoiler. Vou falar do que já passou nos EUA.
Tô atrasada com Weeds. Ter uma vida atrapalhou. São dois episódios só, já já eu recupero. Mas a cena do drive by shooting virou uma das minhas preferidas da temporada (junto com a da piscina e a da dança). Já virou clichê falar que Weeds ainda consegue surpreender. Nunca consigo ver no que vai dar. É sempre 'putamerda, não acredito que fizeram isso. Fudeu agora, já era'. Eu sinto que tô me afogando junto com a Nancy. Não literalmente, infelizmente. Mas é the next best thing.
Baixei o piloto de Reaper, que eu queria gostar. Mas não gostei. Atores ruins, roteiro ruim. De atraente pra mim, só a idéia central e a Delores Herbig* (miss her so). Não vai ter outra chance comigo.
Sarah Connor Chronicles eu vou dar chance pela Lena Headey e pela Summer Glau. Elas têm bastante crédito comigo, então vou ser paciente. A história não me agradou muito, acho que daqui a pouco não tem mais pra onde ir com esse conceito. Mas vamos ver. Pelo menos parece bem produzido.
Bionic Woman é o piorzinho, fora Reaper. Tá que a mocinha é bonita, mas não tem muito mais que isso. Me irrita o fato de que ela só ficou biônica porque o namorado 'deixou'. Ele que escolheu por ela. Pra mim ficou uma coisa 'sou poderosa por causa do meu namorado'. E deus sabe como eu abomino isso. Produção meio pobrezinha, atores ruins. Não vou nem falar de terem contratado o Isaiah Washington, já tô militante o suficiente. Mas gostei de ver a Yokas de novo. E a Starbuck sendo a Faith pra Buffy da Jamie. As duas lutando na chuva foi interessante. Por isso e apenas por isso vou dar mais uma chance.
É uma coisa engraçada. Como era difícil ter seriado bom antigamente. Então era fácil de se contentar com coisas medianas. Os tempos mudaram e fiquei mal acostumada com coisa bem escrita. Mas fica mais fácil de identificar os sem-vergonhas. Ainda mais depois de ver Wonderfalls o fim de semana inteiro. Tô terminando a tradução dos últimos episódios. Quando eu ganhar na megasena (sim, é uma questão apenas de quando), vou gravar os dvds pra todo mundo que entra aqui. É questão de saúde pública, you see.
Acho que tô esquecendo de alguma coisa.
* roubei três lápis do karaokê só porque eles são da marca 'happy time'. Muito bizarro, até a fonte é parecida.
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