30.7.07

she's got a beard that goes down to the ground

Nerd que é nerd chega em casa bêbado, bloga e ainda reorganiza as tags do blog.
Eu não tenho mais idade pra nada disso.
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Alguém avisa que Weeds não é um 24 horas bem menos republicano? Brigada. Quase morri de tanta tensão com os três primeiros episódios da terceira temporada. Se continuar ficando cada vez melhor, eu não sei onde vai parar. Pegando o cartaz promocional como exemplo. Me diz. Como dá pra ficar melhor? Hm? Cuidado pra abrir, tem gente (linda) pelada.
Spoiler. Clica em "Mais" pra ler.
A última cena do segundo episódio é tipo a melhor dos últimos anos, não pela semi nudez. Me lembrou a última cena do primeiro episódio, da primeira temporada, em que a Nancy volta, se caga de chorar pro Conrad e imediatamente entra no meu top 5 de melhores seriados de todos os tempos.
Ninguém se caga como a Nancy. Tão adoravelmente desesperada. Mas enfim. Quero ver como vai ficar a amizade dela com a Celia agora. E eu queria ser a little bit Silas.

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with a dusty smile and a loaded gun

Há duas horas eu comi bacon.

Que porra salgada.




É só.

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26.7.07

when i get a little...run run run run run

Mas eu sei ser menininha também. Raptei o dvd de Sense and sensibility, provavelmente o meu chick flick preferido. Tá boa que é romancinho e tal, mas não só isso. Acaba sendo sobre família, sobre dinheiro, sobre a dificuldade de equilibrar as coisas. Assisti pela enésima vez e, depois, assisti com os comentários dA magnânima Emma Thompson. Lá vou eu babar o ovo dela de novo (eu poderia inserir aqui um comentário de baixo calão, mas oi mãe!). Mas a mulher é foda, perdão. Não só é a principal do filme como escreveu o roteiro, que tem pouquíssima coisa do material original. E é o tipo de coisa que, se você adapta bem, ganha Oscar; se adapta mal, vai receber carta pro resto da vida xingando por mexer com uma obra muito importante pra muita gente. Ela conhece a Austen (pela primeira vez não tô falando da Kate, mas da Jane) muito bem, coisa que mostrou no discurso quando ganhou o Globo de Ouro (ela narrou a noite toda e os agradecimentos como se fosse a Austen falando - não tem no youtube, ódio). Muito engraçado, claro. E eu sempre me senti meio mal por rir em alguns momentos do filme, mas ouvindo os comentários da Emma vi que eu não tava blasfemando.
Mas enfim, o filme. Eu o vi pela primeira vez quando tava no meio da adolescência. *O* namorado tinha acabado de largar de mim, os nossos amigos em comum tinham ficado do lado dele. De repente eu me vi sem amigos, com o maior medo do mundo de me machucar daquele jeito de novo e ao mesmo tempo, reavaliando que eles não eram grandes coisas também.
Ou seja, me tornei o ser mais tímido que eu já vi.
Aí entram Elinor e Edward Ferrars. Ela, super contida, prática, observadora, meio distante e meio que o pai daquela família. Ele, sempre parecendo que tava de fralda (e pior, fralda cagada), totalmente desconfortável em toda e qualquer situação, gaguejando mais que eu em dia de apresentação de trabalho quando percebo que vai ser no escuro e a minha camiseta é feita de tinta que brilha na luz negra (eram os anos 90, tá?).
No meio do caminho, pra dar um contraste tão grande que me dá até aflição, tem a Marianne. Que se joga do morro, rola na chuva porque o grande amor tá longe, chora por coisa que nem é com ela e tem um entusiasmo que pelamor. Se naquela época existisse o tal do anuário de colégio, a Marianne seria votada a "mais provável que morra de pneumonia e/ou tuberculose".
Eu gosto porque acho que retrata bem a época. Acho muito bonito porque tem tanto ritual e cerimônia que é difícil captar alguma coisa realmente significante, de um jeito pessoal. Como quando todo mundo empurra o Coronel Brandon pra Elinor, sem nem perceberem que ela quer mesmo o Edward. Ou quando tentam descobrir de quem é que a Elinor gosta. Só os retardados-de-fralda-cagada-e-camiseta-brilhante-observadores-distantes que conseguem isolar todo o cerimonial pomposo e se acharem. Pra mim, o filme fala dessas coisas. De esconder, achar, esperar (quanta espera, meu deus. Claro que sempre da parte das mulheres, né), prestar atenção, segurar o que sente, vomitar o que sente.
A Marianne faz as loucuras de amor dela e é vista. A Elinor tem que rezar e esperar pra ser vista (e ver alguém que também a veja). Tem que confiar muito que, um dia, alguém cagado igual apareça e te note. Tipo "oh, as nossas fraldas são da mesma marca". A Marianne tem a maior fé em tudo e em todos, cegamente. Nem é uma questão pra ela, de tanto que ela sente. Sente por ela e pelos outros. Engata uma terceira e vai. A Elinor não. A Elinor tem medo de tudo, principalmente do que ela mesma sente. A Elinor tem medo de parecer boba como a Marianne. A Marianne tem medo de se privar do que sente como a Elinor. Ah, irmãs. Mais legal que ver essas irmãs, só podendo presenciar - e participar - das atividades incestuosas do Cocorosie (mãe, é mentira, tá? Aqui eu finjo porque tá na moda).
E é clichê, mas ei, você tá aqui. Paraíso dos clichês. Onde eles vêm tirar férias e tomar Hi-Fis. Voltando, o clichê. Marianne x Elinor. É uma constante luta aqui dentro (infelizmente, não literalmente. Não é tipo luta na lama ou no gel). Agora eu percebi e fiquei aliviada porque sempre me senti mal achando que virava outra pessoa quando tô apaixonada. A verdade é que as duas, Marianne e Elinor, tão aqui dentro costurando paninhos, rolando morro abaixo e também escondendo o que sente. É meio óbvio (pelo menos pra mim) ser Marianne quando estamos apaixonados e Elinor quando a gente precisa se recuperar. Eu achava que tinha virado Elinor por outros motivos mais sérios, mas as coisas não precisam ser sempre complicadas.
Aí a gente pode falar de Melanie Klein, mas quando eu chego nesse nível geralmente é sinal pra eu parar de falar merda. E como esse foi um post quase otimista, eu vou ali deitar até passar.
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Sonhei que tava num avião que bateu em um outro. O meu avião caiu primeiro, não aconteceu nada com as pessoas que tavam nele. Eu e mais duas pessoas ficamos encostados numa parede vendo o outro avião cair. Eu resolvi me cobrir com um pedaço de fuselagem que tava por perto. Deu tudo certo. Fomos atendidos num lugar parecido com um pulgueiro aí que se acha estúdio de música. Não conseguia falar com a minha mãe no celular (eu não sabia o código porque não sabia onde eu tava. Eu sei que isso não tem lógica). Aí a Marieta Severo apareceu e me emprestou o celular por satélite dela e eu consegui avisar minha mãe, que nem sabia do acidente mas nem ficou impressionada. Quando eu vi, tava no meu ex prédio na praia, fazendo o maior discurso inflamado sobre amor verdadeiro tentando consolar o Carlos Solis que tinha sido largado.
Pelo Kenny do South Park.
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Acordei e arrebentei meu pé na porta do armário (sem querer...e não vamos falar de simbolismos, por favor. Se eu estivesse mais fora do armário, eu seria hetero de volta. Tipo fui, voltei e fui de novo).

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23.7.07

once i was a soldier

A tecnologia tá tentando me levar ao suicídio. Primeiro o meu pc, que trava de meia em meia hora. Aí de tarde, a minha querida vozinha caiu na esteira rolante do supermercado (ela é vóverine mas dói, né). A luz acabou ontem aqui enquanto o pc tava ligado e quando tentei ligá-lo, ao voltar a força, ele não ligava mais. Tive que formatar. O que uma coisa tem a ver com a outra, eu não sei mas não questiono porque sou uma escrava da tecnologia. Continuando. Hoje acabou a luz de novo. Quando voltou, minha tv não ligou mais. E nem dá pra formatar tv, então fudeu. E agora de noite. A tv a cabo saiu do ar (escrevi 'tv a cabou', o que super faz sentido). Tô sentada aqui, correndo com o post porque eu nunca consigo postar em menos de quarenta minutos (mas esse vai sem links, vou tentar quebrar o recorde panamericano).
Enfim. Enquanto meu pc esfria (quando ele trava, não liga mais até que esfrie...e não, não é o cooler, ele tá funcionando), eu fico vendo tv no quarto do meu irmão, que tá viajando. Só que sem tva fica difícil. Travou aqui. Eu liguei a tv do meu quarto, duh. Levantei. Fui até o quarto dele. Liguei a tv. Oba, funciona. Mudei de canal da tv a cabo e não entendi o motivo de não funcionar. Retardada sem memória.
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Aí fiz merda, né. Vi umas fotos antigas na mesa do meu irmão. Olhei uns cartões de natal que ele tem e achei um de dia dos pais, escrito com a letra da minha mãe:

Papai,
Você sabia que eu nasci na família certa? Adoro festejar! Ainda mais o seu dia! Obrigado por ser meu pai.
ps: vale um beijo, dos milhões que vou te dar ainda.
Seu filho
agosto/79


Acho que eu (assim como algumas pessoas que já foram muito queridas pra mim) subestimo às vezes o impacto que ele e que a morte dele tiveram na vida do povo daqui.

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22.7.07

you've had too much wine to stumble up my street

Então é melhor falar de amenidades. Descobri a melhor festa de São Paulo. Eu vou até falar o nome pro google me achar e as organizadoras ficarem felizes. É boa mesmo, Tête-à-tête. É a melhor festa só de meninas (nessas alturas eu já fui em quase todas as festas de sapas por aí, então eu posso dizer. Antes eu tinha preconceito com festa só de meninas mas eu tô começando a entender a idéia toda. Só não entendo a idéia de achar que chapéu é legal. Ô moda dos infernos. Eu culpo a Papi). E é a melhor festa pra quem gosta de rock. Em nenhuma outra festa toca tanta coisa boa, com pessoas razoavelmente bonitas e um clima agradável. Na última tocou The Sounds, Cardigans, Garbage, Hole, Sleater-Kinney, Yeah Yeah Yeahs, Magneta Lane (!!!!), Luscious Jackson, Tegan and Sara, The Organ e Juliette and the licks. Sim, eu sou anal retentive, eu lembro de tudo isso. Os shows que eu vi nessa festa também foram legais. São shows que eu não me abalaria de casa só pra assistir, mas que acabaram sendo bônus pra mim, que não tenho assistido tanto show quanto gostaria desde que o cansei subiu na vida.
O ammoC é bem legal, já tinha ouvido no myspace mas as músicas ficam melhores ao vivo, eu achei. Me dá vontade de ter banda assim, com duas pessoas só. A influência maior delas é Tegan and Sara, que dá pra perceber, mas tem um monte de outras coisas que dá pra reconhecer nas músicas. Tipo mooB mooB skcihc, que eu finalmente vi quando elas abriram pro Biônica há uns meses e que também é um show incrível.
Do animsatnaF, eu acabei vendo dois shows. Um foi péssimo por causa das condições do som do lugar. O segundo foi nessa última vez. É bem divertido de ver, apesar de eu não gostar muito das músicas. Não faz o meu gênero. Mas elas são ótimas no palco, coisa mais divertida ver aquela bateria eletrônica. E haja ritmo, pelamor.
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Continuando no tema sapatonice e música boa, eu preciso falar de girltrash. São curtas lançados só pela internet, no site oficial. Mas é melhor assistir no youtube mesmo. Depois de muita espera, finalmente começaram a liberar os episódios. Já tá no sétimo. São geralmente três minutos de trashzice, sujeira, mr. airplane man, atrizes bonitas, gritaria, correria, comédia e absurdo. Dá até vontade de virar ladra profissional depois de assistir. Fucking LouAnne.
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Julho tá aí, o Leão Lobo fura fila na Bella Paulista (sua bixa uó) e eu me sinto em 1995 ouvindo Elastica. Mas o hype machine tenta me manter nessa década com Havana Guns (fofo com guitarras tipo Strokes mas com mulher cantando), Joan as policewoman (tô meio atrasada, eu sei), Anna Vogelzang (mas só ouvi coisa ao vivo dela até agora), a nova do Rasputina, a nova banda da Heather do Murmurs (Redcar, o nome), The Naysayer e outras coisas menos importantes. Assim que eu tiver mais tempo, coloco tudo ali no player.
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Paula Pequeno, Paula Pequeno. Meu amor por você é incondicional. Não sei se são os dentes, se é a cara que você faz quando tá brava, se é o conjunto da obra ou se você simplesmente se encaixa no meu tipo. Larga seu marido e casa comigo. Minha mãe também gosta muito de você, o que super facilita. Eu até deixo você confraternizar com suas colegas de time, tipo Sheilla. Mas a Waleskinha tem que ficar de fora, tá?*
O prêmio de comentarista mais bixa vai pra Ida, que desde minha pequenice bota meu gaydar pra fazer o exorcista. Seja elogiando a Paula e desfilando o maior número de gírias travestis que eu já ouvi (que não tenha sido da boca do meu amor), seja surtando no último set (o narrador pediu pra ela comentar alguma coisa...ela só conseguiu dizer 'eu posso não falar?'), estamos de olho. O pior narrador mesmo é aquele podre do Sílvio Luis, o ser mais misógino que existe. Se ele fosse americano, já teria mais processo que o perezhilton. Comentando handball ele chama as jogadoras de gordas e feias, 'com carinho'. Comentando futebol feminino, ele diz que 'não entende' disso. Como se fosse todo um outro esporte, diferente do masculino. Menos ruim, mas ainda ruim, é um narrador da ESPN Brasil que chama todas as atletas de 'Dona'. Por acaso ele chama os caras de 'Senhores'? Pff. Dona. Dona Twakara, infeliz.
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Meu irmão, chegando em casa outro dia, me ligou pedindo ajuda pra 'descarregar umas coisas do porta-malas'. Fui pra garagem. Perguntei o que era. Ele me ignorou, só abriu o porta-malas.
Cinquenta e três garrafas de vinho.
O idiota que quase acabou com o meu aniversário (aka melhor amigo do meu irmão) fez uma faxina na adega da casa dele, pra fazer espaço pra comprar vinhos bons, e separou 'alguns' vinhos 'médios' pro meu irmão.
Cinquenta e três garrafas de vinho.
Adoro quando as pessoas transformam culpa em benefícios pra mim.
Ou seja, teremos vinho até...semana que vem.


* um saco que a Waleskinha não tenha ido pro Pan, ficamos sem piada.

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12.7.07

fucking ending it all for the world

we've lived in bars
and danced on the tables
hotels trains and ships that sail
we swim with sharks
and fly with aeroplanes in the air

send in the trumpets
the marching wheelchairs
open the blankets and give them some air
swords and arches bones and cement
the lights and the dark of the innocent of men

we know your house so very well
and we will wake you once we've walked up
all your stairs

there's nothing like living in a bottle
and nothing like ending it all for the world
we're so glad you will come back
every living lion will lay in your lap
the kid has a homecoming the champion the horse
who's gonna play drums guitar or organ with chorus
as far as we've walked from both of ends of the sand
never have we caught a glimpse of this man

we know your house so very well
and we will bust down your door if you're not there

we've lived in bars
and danced on tables
hotels trains and ships that sail
we swim with sharks
and fly with aeroplanes out of here
out of here

...


Quem tá do meu lado, tá. Quem não tá, mal aê. É simples assim.
Só não me faça mentir depois, eu não sou cínica a esse ponto e não vou conseguir. Eu nunca estive tão puta. A raiva chegou. Tiau brasil. O último apaga a luz. Isso, você que tá perdida aqui. Tem nada melhor pra ler não? Acho que tem, hein.

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10.7.07

i see you, you see me (differently)

Deus cansou da minha descrença em sua santidade e falta de fé de um modo geral e tá tentando provar sua existência. Dead like me vai virar filme e talvez volte a ser seriado.
Tá me ouvindo, Deus? Se Wonderfalls voltar também, eu não só começo a acreditar em você como ofereço meu primogênito pra sacrifício.
E viro hetero.
Tá, menos essa última parte (mãe, é brincadeira, tá? Ainda dá).

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