1.10.07

me, i don't show much

Descobri um bom passatempo pra fila de banco. Ficar olhando os atendentes. Eu acho que moro perto de algum campo magnético importante, porque quase todos os bancários da região são clones de pessoas famosas. É muito sério. Sugiro que alguém comece a marcá-los com números ou algo assim.
No Bradesco, a Little Miss Sunshine trabalha ao lado do Tracy Morgan (que é uma quarentona de cara fechada). A Little Miss Sunshine não faz jus ao nome e tá sempre discutindo com a chefe dela. Maior barraqueira.
No Banco do Brasil tem o Sanjay. Sempre sorrindo e algumas vezes até rindo a ponto de gargalhar. Deve trabalhar maconhado. Ou é gay, né, porque nunca riu comigo. Só com homens, eu percebi. Não que eu pare na frente dele e faça careta pra fazê-lo rir. Pelo menos não intencionalmente.
Do lado do Sanjay, fica uma senhora que ia trabalhar de peruca até outro dia. Armei a maior história de vida pra ela (doença grave, solidão, volta por cima e etc) e eu sou educada em excesso com ela. Por causa dessa vida fantasiosa que ela tem, pra mim. Retardada.
Ao lado da senhora-fênix fica uma outra senhora. Dessa eu tenho medo. Cara fechada demais. Sem falar na cara de reprovação e o 'tsc tsc' que ela solta quando a conta que eu tô pagando já venceu. Dá vontade de denunciar.
No Itaú tem uma senhora que é personagem da Família Dinossauro, que eu não lembro o nome. Mas era um cara bege, chato pra caramba. Iguaizinhos.
O meu banco preferido é o HSBC porque lá trabalha a Luisa, da mtv. Como se isso já não bastasse, ela usa óculos e eu fico nervosa quando ela me atende. Quem trabalha do lado dela é um moço simpático que não parece ninguém famoso mas é igual a outro bancário, do Bradesco. Um dia pergunto se são irmãos.
Fui ao HSBC hoje, preparada pra ficar naquelas filas ridículas. Porque não basta ter pessoas a uma distância muito desconfortável na sua frente e atrás. Não, né. Tem que ter gente em distância desconfortável dos lados também. Um dia saio gritando "Personal bubble! Personal bubble!" e abrindo os braços como unidade de medida.
Mas aí olhei pros atendentes. O cara-simpático-com-irmão-também-bancário tava lá. Do lado dele, uma nova. A Renatinha, jogadora de vôlei. Eu quis a minha mãe.
Mas aí olhei do lado dela, tinha mais uma nova. E meu jesus. Se eu fiquei vesga com a Renatinha, essa me desenvesgou. Ou me envesgou mais ainda. Ela consegue ser uma Mary Louise Parker mais bonita. Só tinha um treco esquisito no cabelo, mas oi né. Não tô reclamando. Fiquei torcendo pra ela não me atender, eu fico muito nervosa com essas coisas. Mas claro que dos três funcionários, ela que me atendeu. Deu boa tarde e eu quase respondi "Onze zero sete", que é a senha do meu cartão. Quando consegui me brecar, devo ter respondido um "hjasbaehbmmuh". Assim de perto, só consegui olhar pras mãos dela. Unhas bem cuidadas, nem curtas nem compridas, mas sem esmalte. Só tinha um brilhinho, que pensando agora poderia ser baba minha. Demorou um pouco porque ela é nova lá, mas nem achei ruim. No fim, falei 'brigada' pro balcão e percebi pelo canto do olho que ela tava me olhando ainda. Subi os olhos e ela sorriu. Caguei no maiô. Devo ter sorrido também, mas não tenho certeza.
Saí do banco, fui pegar o carro e notei que a minha mão tava suja. Ela deve ter sorrido porque eu devia estar com o rosto assim.
...
Percebendo o que eu tenho escutado ultimamente, a minha epifania do post anterior mostrou que eu sou bem lerda mesmo. Adoro quando grudo numa música e só percebo o motivo depois. E não, não tô falando de ãmbaréla ê ê.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho essa Luísa da MTV altas gata também. Só isso que eu queria dizer, eu acho...

Aimée disse...

eu nunca consigo disfarçar quando alguém me desconcerta. é terrível.

Anônimo disse...

Este blog é muito ruim! Nem acredito.