30.10.07

just a touch of sadness in her fingers, thunder and lightening in her thighs

Aí que eu tô com inveja* dela e vou postar loucamente videozinhos do show da taC rewoP. Não fiz nenhum, mas são todos do dia que eu fui. Ainda não achei nenhum inteiro de I've been loving you too long pra postar, nem de algumas macaquices dela. Achei só um pedacinho de I've been loving..., começa com ela terminando de imitar a Piaf e começando a cantar o primeiro minuto da música. O que é uma pena, porque o ápice é o fim mesmo. Aí tem esse, com som péssimo, dela imitando a Piaf desde o começo, falando da rivalidade entre Rio e São Paulo e de quanto ela gostou de poder ter uma segunda chance em São Paulo porque não tinha ficado satisfeita com o show de quinta feira. Aqui, o fim de naked if i want to e metal heart, pena que o som tá péssimo também. Mas dá pra entender um pouco o porquê de eu achar que um dia ela vai e num volta mais.
Foi difícil escolher um pra botar aqui embebedado, mas acho que esse é o de melhor qualidade. E dá pra ver bem o que ela fez com Silver Stallion, que já era bonita. Muito palhaça e fofa. Toda vez que ela se abaixava assim, dava de cara com as pessoas. Nunca vi um show tão de perto (show do cansei não vale).





Se eu acreditasse em reencarnação, começaria a achar que um cowboy partiu meu coração em alguma vida passada. Ou eu fui tipo uma vaca maltratada.


* que ódio que eu não vou aparecer no documentário. Ódio. Eu até poderia fazer um vídeo de celular falando que meu prêmio de consolação por não ter ido domingo foi receber múltiplas ligações durante hot kiss, pra eu ouvir, e que pelo menos a aqüendação do fim de semana tá garantida. Mas acho patético. Dispensaria qualquer aqüendação pra ver a lambida da etteiluJ (a não ser aqüendação com a própria).

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28.10.07

i've got these little things, she's got you

Claro que o problema todo começa por eu querer cuidar da Chan. Fico "olha, não se joga assim porque vai dar merda líquida". Tipo, não usa toda a gasolina pra ir porque daqui a pouco você vai ter que voltar. E aí eu não sei se ela tá indo, se tá voltando ou se tá parada. Pediram música antiga. Eu fico precupada, porque ela diz que não canta por ser de uma época em que ela tava fucked up*. Se ela usa tudo, pronto, se fudeu, vai passar a noite toda num quarto de hotel escuro, em São Paulo, no cantinho chorando. Se num usar nada, atriz filhadaputa, fez de conta até agora. Me recuso a ignorar a piscadinha.
Eu acho mesmo que ela não dura mais 2 anos nessa coisa toda. Porque a mulher é maluca. Maluca mesmo. Eu a imagino em 2001 e em 2007. O quanto ela teve que se segurar e se proteger e etc. Num é à toa que é maluca mesmo.
Aí eu vejo que pode ser tipo projeção. Tipo eu comiga mesma, "não se joga, filhadaputa, porque você não vai ter fôlego pra voltar". Difícil saber.
Eu já fui sabendo mais ou menos o setlist do show, mas caralho. Na segunda música, ela mandou todo mundo pra beira do palco (o que ela não tinha feito no primeiro show. Foi tudo num auditório, prestenção). Na terceira música, poof, Billie Holiday. Dor de estômago intensa. Mais pra frente, a seqüência da morte. Metal Heart, She's got you (baixem, é uma ordem. PATSY CLINE, CARALHO!) e Lived in bars. Alimac virou padê. Alimac non ecsiste, o outro diria. "I've been loving you too long (to stop now)". Que coisa mais linda. Na interpretação dela então, meu bom jesus. Saí toda cagada, feliz por não ter ido de calça clara. Ahn? Carro? Que é que é isso? Poça d'água? Ahn?
Filhadeumaputa.
Pra que mostrar blues, soul e country ("same country" haha) pra gente agora? Pra que Hank Williams, Patsy Cline, Otis Redding, Lee Clayton...? Ela me lê, não é possível. Pra que mandar todo mundo pra perto do palco? Obviamente ela ficou com vergonha de chegar até a minha poltrona pra me seduzir. Pra que Billie Holiday? Balancei, tava meio firme até então. Pra que metal heart??? Que é o golpe mais baixo ever. Chorei sim e a filhadaputa viu. Deve ter ficado toda empolgada com o meu choro, mencionou 'not for sale' pros comparsas e eles entenderam que era hora de acabar comigo com Patsy Cline. Com a música do semestre. Eu não sei como, mas a menina do meu lado conseguiu chorar mais que eu. Amicä te enetndö reflitäo888.
Enfim, o que eu quero dizer mesmo é que quem foi sabendo do setlist, provavelmente saiu feliz e cagado. Quem não sabia, se decepcionou. Ah, quem não sabia do setlist dela, faz favor, vai baixar toda a discografia da Patsy Cline e do Otis Redding. Pro seu próprio bem. Esse cd de covers dela vai ficar muito bom. Muito linda a seleção das músicas.
Chan. Não me deixe mais preocupada. Eu já não dou conta das minhas coisas.
...
Mas a mulher brinca, né. Pula. Dança. Faz o Michael Jackson e a Aretha. Interage horrores, dá a mão, fala de São Paulo, se recusa a falar da Feist mas agradece a segunda chance de fazer direito em São Paulo. Com a voz cada vez mais rouca (e por isso, cada vez melhor). Então não tem como sair daquilo triste. Triste por outros motivos, claro, mas não por ela. Não tem como ficar triste com ela. Dá pra chorar mas logo depois ela imita a Piaf e fica tudo bem. Tipo aquela melhor amiga que te diz a maior das verdades, mas depois faz palhaçada pra te alegrar.
Fazia tempo que eu não ficava daquele jeito, perdão pra quem me encontrou. Quando cheguei no auditório, meu coração já tava uma uva passa, de tanta inundação inesperada. Ele foi diminuindo ao longo da noite** até virar uma pedra de sal grosso. E a melhor coisa nessas horas é estar rodeada de amigos mesmo. Pra receber ligação no meio de metal heart, só pra saber se tá tudo ok.
...
E o inferno tava um cocô, perdão pra quem foi por sugestão minha. Podem me xingar nos comentários, eu devo uma vodka pra cada um de vocês. Mas pelo menos lá dentro tinha bebida, tava precisando.
...
Engraçado ver acontecendo com amigos uma coisa que já aconteceu com você. Participar um pouco da coisa toda, ficar feliz junto. Sorte pra vocês aê. E paciência, muita paciência. Se vocês forem 50% do quanto eu fui feliz, vocês não vão nem conseguir dormir. Se preparem.
E é tipo prova de que o universo recompensa, eu tava te devendo mesmo :P



* motivo #1 pelo qual ela seria a minha esposa ideal: o passado limita o repertório dela. Com ela foi pior, porque teve sua época fucked up publicada em todo canto.
** eu não gosto de admitir, mas eu gosto da Vanessa da Mata. Mas shiu.

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26.10.07

and we'll bust down your door if you're not there

O festival nem começou direito e a loucura já tá no úrtimo:



Chan. Casa comigo. Eu superei a Leslie. É sério.

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25.10.07

my heart is a worried thing

Eu tô com tanto ódio que não tô conseguindo pensar direito. Que papelão, hein, Leslie? Não tava pronta pra se apaixonar por mim, era isso? Não tava pronta pra assumir um relacionamento sério com uma morena dos trópicos? Era isso? Deu medinho? Pensou na minha inteligência, na minha aparência incrível, no meu gosto impecável e ficou tontinha, foi? Histérica de conversão do caralho, vai tomar no meio do seu cu doce. Tô fazendo um myspace só pra te xingar. "Labirintite" é tipo virose. Desculpa universal. Ódio.
...
Pronto. Passou.
Mentira, não passou. Cat Power como prêmio de consolação é ok. E que linda de substituir. Eu também queria vê-la, como todo mundo sabe. Mas porra. Vai ficar difícil de me deixar satisfeita. Só se a Chan descer do palco, andar até a poltrona L37 e me der um beijo. De língua. Me deixando fazer videozinho pra colocar no youtube. No meio de I found a reason (é, vai ter que cantar essa). Sussurrando 'come come' no meu ouvido. Mas pra uma one night stand só, não quero namorar quem bebe mais que eu.
Tá, não vai ser tão horrível assim. Mas agora tem que mudar toda a vibe da coisa. Desviciar em uma, viciar na outra, procurar setlist, vídeo no youtube. Eu acho que é mensagem do universo. Tipo 'não, não assista um show fofo otimista alegrinho fofo, você tem é que querer morrer'. Reajustar tudo. Quem ia celebrar as esperanças adolescentes, a inundação de sentimentos e a liberdade, as súplicas pra alguém abrir o coração porque vale a pena, as noites longas e insones da juventude e dar esperança pros corações partidos agora vai ter que celebrar o fato de querer ser uma boa mulher e fazer a coisa certa (mesmo que isso te mate), lembrar que já quis ser a melhor, que viveu de bar em bar e que seu coração de metal não vale porra nenhuma.
God help us all.
Tava pronta pra sair feliz e otimista, agora acho que vai ter gente entrando em combustão espontânea mais rápido que os incêndios na Califórnia.

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23.10.07

secret heart, come out and share it

Você, pessoa amiga que também vai encontrar a Leslie no sábado. Não sabe o que fazer depois do show, além de chorar? Que tal afogar as mágoas na Augusta, na melhor festa de rock (quando toca rock)? E possivelmente ouvir Cardigans, The Sounds, YYY, Juliette, CSS, Tegan and Sara, Luscious Jackson, Garbage, Hole, Sleater Kinney, Nouvelle Vague, Peaches...? E ver menina bonita? O que, num gosta de menina? Num tem problema, tem alguns meninos também. É no Inferno. Passa o Vegas, continua descendo, é na frente do Outs. O lugar é bonito, os sofás são confortáveis, você não vai derreter de calor, o banheiro é o mais limpo que você vai encontrar na Augusta e a dose de vodka é generosa. Dé reau mulher com nome na lista, vinte homi. Sem nome na lista, é quinze e vinte e cinco*. Se te confundi, o flyer.
Não, eu não ganhei nada pra falar isso. É altruísmo mesmo. Kumbaya, my lord. Venham compartilhar histórias, bebidas, quitutes e o que mais interessar.
Tá, vai. Não tem quitute, inventei.



* oitenta e dez. Ou dez vinte, como diria a xxxofevol. Só confundi, né? Pode ignorar essa observação, só 2 pessoas vão entender.

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22.10.07

our love goes under the knife, the heart was rejected by the host

E aí que eu fui fazer exame admissional. Não queria falar até dar certo e tal, mas enfim. Cheguei no lugar, a mulher perguntou se eu tinha alergia a algum medicamento. Pronto, fudeu, morri aqui. No exame de admissão. Eu nem sei o meu tipo sangüíneo, imagina saber se tenho alergia. É a minha cara, morrer no exame de admissão. Sem conhecer a Leslie, sem emprego, no meio da reconstrução total* do lar que chamo de vida**.
Respondi que não, não era alérgica a nada. Então ela veio com um potinho e tchuf tchuf na minha boca. Falou que minha garganta ficaria grossa e que eu teria dificuldade pra engolir, mas que era normal. Foi embora e me deixou ali, me afogando na minha própria baba. Tava quase indo chamá-la pra avisar que tava partindo dessa pra uma (bem) melhor quando apareceram.
Sentei na cadeira, vi o tamanho do treco. Hiperventilando, com a boca anestesiada, tentando respirar sem me afogar. E o que se seguiu foi uma cena patética de uma tentativa patética de chegar perto da minha laringe. Tentativa um, uargh. Tentativa dois, uargh. Tentativa três, uargh, e a médica me coroou a recordista de reflexos. Envaidecida com o título, relaxei um pouco. Mas aí a moça do tchuf tchuf chegou e tchuf tchuf pelo meu nariz. Não deu tempo de começar a anestesiar e lá foi a médica enfiar uma outra câmera, mais fina (ainda bem), no meu nariz. Descobri que tenho um super desvio de septo, amei isso. Tô colecionando defeitos de fabricação. Ela teve que tentar do outro lado. Foi mais fácil que pela garganta, mas eu não preciso ser lembrada que meu nariz e minha garganta têm ligação.
Enfim, eu posso ser cantora, tá tudo bem. Só me falta ser afinada e perder a voz de moleque.


* pareeeece que as coisas vão voltar pro eixo, se esse emprego der certo. Agradeço demais a paciência de quem aguentou e ainda aguenta a minha imaturidade pra algumas coisas.
** sim, hoje o drama tá gostoso de fazer.

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21.10.07

teh aborshun noe werk. i wishes it did.

Como se eu já não estivesse me sentindo patética o suficiente, fico rindo disso. É uma mistura de PostSecret e Lolcat, que virou um alechat em inglês.
Ridícula.

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you need to keep your armour shined

Eu nunca tinha pensado em assistir filme ruim no cinema bebendo. Sessão do começo da noite, vazia, comédia romântica, boa companhia e pitú quente. De repente o filme ficou incrível e eu me vi rindo demais. E como a Michelle Pfeiffer é linda, hein? Ô meu deus.
Depois fomos ficar sóbrios (afinal, eu tinha que voltar pra casa de ônibus) e eu conheci o melhor café da cidade. Pena que não lembro direito onde é, só sei que é na Augusta. Tem botão pra chamar o garçom, pessoas bonitas, mesas na calçada em cima de um deque com aquecimento. A moça da mesa do lado até quis participar da nossa conversa, mas acho que se assustou quando nós dois concluímos que precisamos começar a gostar de homem. Pegou as coisinhas e foi embora.
Aí veio aquela vontade de chocolate. Descemos até o mexicano pra comer taco de banana com chocolate. Tudo melecado, claro, mas perfeito pro momento. Cheguei em casa meia noite, mas o problema de pitú quente é que me deixou bêbada até umas 4 horas da manhã. Tão bom ter amigos pra fazer esses programas bestas mas imbatíveis. Quinta virou oficialmente a losers night out.
...
Haja paciência.
Mulher #1 encarando na buatchy. Perguntei se tava tudo bem, respondeu que sim. Perguntou a mesma coisa pra mim. Respondi que mais ou menos, que tinha acabado de tomar uma cotovelada na têmpora e que provavelmente eu cairia, em breve, naquele chão sujo em um ataque convulsivo. Ela respondeu coisas super nojentas envolvendo o atendimento que ela daria. Saí dali mais rápido do que eu conseguiria dizer 'desenrolaminhalíngua'.
Mulher #2, ex recente da Ana C., puxando papo. E aí, e aí. Que calor, eu falei. Ela perguntou se eu queria ajuda pra tirar a camiseta. Saí dali mais rápido do que eu conseguiria dizer 'the chart'.
Essas mulheres estão tão desesperadas assim, a ponto de vir puxar papo comigo? Tem gente melhor não? Pior ainda, tão desesperadas assim a ponto de vir puxar papo ruim comigo? Não que falar de ataque convulsivo seja a definição de papo bom, mas poxa. Eu definitivamente não sei que tipo de imagem projeto nesses lugares. Só queria ficar no meu canto quietinha tomando minha vodka com gosto de manteiga com canudo preto.

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20.10.07

forget about your house of cards

Nas minhas andanças por aí, passei por um bairro que eu não gosto. Não é bem não gostar, é ter medo. Passei a pé, o que é pior. Porque é o bairro em que a minha vó paterna e a minha tia moram. Eu já falei milhares de vezes aqui e até eu já cansei desse assunto, mas elas cortaram relações com a gente quando o meu pai morreu. Então eu fico com medo de encontrar e não saber o que falar ou fazer. Tipo se eu xingo, se faço de conta que não vi, se abraço ou se dou um espacate no chão, sei lá. Na verdade eu não precisava andar por lá, tinha outro caminho, mas fiquei com uma curiosidade que não ia passar tão cedo. Aí já era. Fiquei lembrando onde era a locadora que eu alugava fitas de videogame, onde meu cachorro tomava banho, onde era o mercado em que a gente comprava um tijolão de doce de leite que eu amava. E me deu mais raiva, né. Porque eu não sei até que ponto eu devo sentir tudo isso. Imagina eu encontrando a minha avó, que deve ter lá seus 80 anos, e começar a dizer o que eu penso dela? Dizer que mãe nenhuma deve abandonar o filho quando ele tá morrendo? Ou abandonar o filho, ponto? Dizer que o medo dela (que nem beijo mais dava nele) de ficar perto é a coisa mais inconcebível do mundo? Que rejeição de mãe nessa situação é provavelmente a coisa mais podre que eu consigo pensar? Se eu falasse tudo isso, acho que ela me olharia com uma grande cara de 'q'. Mas eu bem que gostaria de ter essa chance, eu acho. Por isso me meti a andar lá. E aí pra juntar raiva com raiva, eu tenho raiva de mim. Porque eu não consigo ver o lado bom da coisa por muito tempo. Não consigo pensar por muito tempo que eu devo a elas o fato de ter aprendido cedo o que é amor incondicional, por elas terem me mostrado o que não é amor incondicional. Aprendido que ser Louis fode com a vida de todo mundo. Quando precisei ajudar muito alguém, não fui Louis (mas fui mais pobre, conta de telefone nas alturas). Aprendido ajudar quem me pede ajuda. Porra, não é como se meu pai estivesse precisando de dinheiro e ela o evitasse. Era a única chance que ela tinha de ficar perto porque no dia seguinte, ele não ia estar mais lá e ela sabia. Aprendido que o meu nível de conforto não deve ser mais importante que a felicidade dos que eu amo. Tá, isso foi a Bette Porter que falou, mas eu já tinha meio que aprendido.
Enfim, é muito rancor que eu não consigo transformar em coisa produtiva e por isso não vou atrás de revê-las. Meu irmão já tentou um ou outro contato. Minha tia bem mais aberta, minha vó parece que meio louca. Claro, né. Tinha que virar a louca do sótão mesmo.
Voltei pra casa não sei como. Com um nó na garganta daqueles que chegam a doer, por um caminho que eu não conheço mas conheço ao mesmo tempo. Tipo aquela música uó da Alanis que você sabe cantar apesar de não gostar.
Se eu achasse que elas entenderiam a ironia (e a sinceridade também), eu escreveria uma thank you note pra elas. Mas nem vale a pena.
Pra encerrar o assunto sem ser tão amarga e resumir tudo o que eu escrevi até agora e o que eu penso sobre amor em qualquer encarnação, essa música linda da Wendy. I could hold all the darkness back for you, but what kind of favour is that to you?
...
Em outra andança, passei perto da casa de um ex. Claro que fiquei pensando em como seria fácil estar com ele ainda. Ricaço, o infeliz. Seria mais uma variação da eu de Tampa. As minhas andanças tão parecendo cortejo fúnebre.
...
Finalmente fiz outro óculos, pra ver a Leslie em HD. O anterior tinha sido roubado com a bioncê. Em 2005. Esse novo é meio roxo, achei engraçado. Mas tem um ar de Winifred Burkle, o que dá todo um charme. Claro que a palhaçada já começou. Eu tiro o óculos automaticamente, sem pensar, achando que o monitor vai deixar de ser azul e voltar ao normal.
Tem armação meio grossa, então tem gente que não vai falar comigo.
...
Falei, falei e não contei a losers night out. Precisa de um post só pra ela.

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19.10.07

i followed suit and laid out on my back, imagine that

Vamos celebrar o fato de o youtube ter deletado* a minha conta por eu ter postado trechos de seriados (enquanto deixa vários outros usuários uploadearem episódios inteiros) com o vídeo da melhor música do ano. Sim, a melhor música do ano. Pegaeu.




* e agora? Como eu vou ver o clipe de Hustler, do Simian Mobile Disco? Hein? Aliás, você sabe que tá em perigo quando alguém dá a sugestão de brincar desse vídeo quando a música toca na buatchy. Mas é um medo legal, trust me.

edit: deu! Aproveita porque já já os evangélicos denunciam e aí tem que logar pra assistir. Sim, eu tenho quinze anos. Not safe for work, claro. Nem inventa de ver no horário de almoço.

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16.10.07

i need someone to help me drying, oh, could that be you?

Eu me esforço muito pra manter a imagem que eu tenho aqui na minha rua. Não cumprimento nenhum vizinho, nunca boto a cara pra fora de casa pra ficar no portão* como algumas pessoas, quando alguém passa eu praticamente me escondo.
E aí o meu cachorro resolve que gosta de fugir. Por não ter portão, são pouquíssimos os obstáculos pra ele conseguir escapar. Não é como se ele precisasse ter a planta da minha casa tatuada no próprio corpinho pulguento.
Então toca sair atrás do infeliz. Depois de anos construindo uma imagem de azeda e distante, tenho que me agachar no meio da rua e fazer voz de criança, chacoalhando um pedaço de pão duro ou uma beringela recheada.
E é aí que eu traço o limite. Ontem foram duas fugas bem-sucedidas e eu cansei. Se ele quer fazer o Scofield, que faça. Vou ficar na sala esperando ele voltar. Tão ingrato. Não é como se ele não tivesse espaço pra brincar, eu até tenho um quintal bacana.
...
A minha mãe, dando bronca nele, depois das fugas. Tentando usar lógica:
"Que cê tá pensando da sua vida? E se um carro te pega? Onde é que cê mora, hein? Onde é que cê mora?"


* na minha casa não tem portão, na verdade. É a única casa da rua assim. Mas ela tem teto e nela você pode fazer xixi.
...
edit: pra celebrar o novo hype machine. Agora tá mais bonito e dá pra ouvir em streaming individualmente. Essa é pra quem ainda tem coração:
Tanya Donelly - Keeping You (live)

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12.10.07

sometimes i wonder
just for a while...

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11.10.07

girl, why don't you run?

Eu jurei que não ia fazer isso. Prometi pra mim mesma (e pro anônimo, mesmo que ele não saiba), repeti mil vezes que tudo tem limite.
Mas eu não consigo. Sou fraca e admito. Tenho uma certa tendência a auto-destruição e a oversharing.
Perdão, Tyra Banks, mas i'm going in.
Que porra é aquela? Brazil's Next Top Model? Me sinto assistindo Ídolos, mas com gente bonita. O que facilita bastante. Mas mesmo assim. De que buraco saiu aquele diretor das sessões? Eu não sei nada sobre moda, mas desse programa eu infelizmente entendo. E a gente bem sabe que o programa não tem nada a ver com moda.
O que parecia impossível, aconteceu. Me pego com saudades do Jay Manuel e achando a Tyra uma filósofa. Tudo por contraste.
Parece tudo meio de cartolina, comparado com a versão americana. A única vantagem que a brasileira tem, pra mim, é que pelo menos eles ensinam as meninas na passarela (mesmo que o tal do professor pareça o Voldemort. Fico esperando a cicatriz de alguém começar a doer quando ele aparece). Só a Yoanna (antes de ela virar a Regina Duarte) e a Eva, das vencedoras americanas, sabiam andar.
Os jurados brasileiros não acrescentam nada (no mínimo a Twiggy é construtiva e o Miss Jay escracha com razão). É um clichê atrás do outro. E pior, sem sentido. Tipo como se fosse a trigésima temporada de ANTM. Sátira da sátira já.
É como se a Fernanda Motta (who?) sorteasse frases típicas da Tyra pra falar pra cada menina. A super convencida teve que ouvir, no episódio passado, que ela precisa acreditar mais nela mesma. Tipo, oi? Não é nem questão de continuidade de roteiro, é uma contradição completa e absoluta do que eles mostraram até então.
Alguém avisa a Fernanda que quando ela fala "Brazil", soa "Buzuzu". "Você ainda está na disputa pra ser a Buzuzus Next Top Model". O que até faz sentido, aliás.
Ainda bem que algumas coisas são universais tipo burrice, feiura e arrogância. Sempre dá pra contar com brigas por comida, preconceito racial (do jeito que a gente menos espera. Uma menina não gosta de ser chamada de "mulata" porque diz que significa cruzamento de mula com cavalo), panelinhas, muita vergonha alheia e agarramento inocente entre as modelos.
Eu esperava que as meninas fossem mais feias, meio que me surpreendi. Mas as feias são bem feias, eu me sinto mal por rir tanto. Uma parece a April Tuna, de Popular. Meio bicho do mato, acho difícil que consiga passar pela transformação que a (cuidado, foto de gente seminua e bonita!) Shandi passou (a Shandi é a loira). Outra parece uma boneca que eu tinha na infância (é, eu tive boneca, acreditem), mas não lembro o nome. Só lembro que era extremamente cabeçuda e parecia homem. Sugiro uma força-tarefa pra determinar isso. Chorou o tempo todo na eliminação passada, eu ri muito. Provavelmente por medo de descobrirem que ela é She-man.
Uma delas deveria tentar entrar pro Calypso, a Patolino bem que acertou quando a chamou de brega. Foto de revistinha de horóscopo mesmo.
A outra consegue ter mais bochecha que eu. Tá, não vamos exagerar.
Ódio profundo da que tem um metro de quadril. Pra quê mais comida? Chega, né? Fica exuzando o iogurte dos outros. Coisa feia. Mas como o potencial dela de loucura e barraco é alto, tem que ficar na casa mais um pouco.
Eu não fico só exuzando não, eu gosto de umas 3. A minha preferida até fez topless involuntário na piscina. E só pra registrar, ela já era preferida antes disso acontecer. Foi a cara de nerd dela que me conquistou, tá. Tem cara de nerd, mas se transforma nas sessões. Fieeeerce. Me lembrou a Michelle (a da direita!). E ela é a única na foto do grupo que tem cara de modelo. Ali no canto superior esquerdo. O resto tá sentado de ladinho como se fosse soltar um pum, com cara meiga.
A segunda preferida é uma Claire Forlani falsiê. Um fake de Claire Forlani, misturado com uma Olsen. Forcei, eu sei, mas me deixem. It's all about delusion.
A terceira preferida eu sinto que conheço de algum lugar, vou ter que googlar.
Eu quero ver as transformações. Vão fazer a April Tuna chorar, vai ser incrível. Mia Farrow em Bebê de Rosemary nela! E queria muito que a Tyra estivesse no dia da eliminação, ela ia depenar todas as meninas por não se apresentarem como modelos. A única que sabe se vestir é a Karin, aka terceira preferida. O resto, jesus.
A produção precisa urgentemente de idéias melhores pras sessões, trocar todo o corpo de jurados (inclusive a Fernanda) e parar de imitar exaustivamente o ANTM. Claro que comparar é inevitável, mas que tal roubar a idéia de photoshopar um pouco as fotos? Por que não mostra o júri comentando as fotos direito? Bah. Só copiam o que não tem que copiar. Daqui a pouco a mãe da Fernanda vai aparecer num episódio, ou a própria Fernanda vai dar um sermão sobre como ela se sente sendo uma mulher negra na indústria da moda.
...
Em post assim eu fico com um caso sério de Síndrome de Tourette Virtual. vontade de sair linkando fotos de ANTM à toa, sem motivo, just for fun.
Fim.
...
Eu não sou oh so very good looking, claro. Minhas olheiras têm olheiras, meu cabelo tem três cores, meu nariz é bem grande e eu sou gordinha. Mas esse post não é sobre beleza, prestenção.
...
Preciso fazer um blog secreto pra falar disso.
...
Vou parar de ver Pushing Daisies. Meu coração não aguenta, no fim do último episódio ele virou padê. Tenho força pra isso não. Só não chorei porque eu tava com muito calor.


edit: o maior 'q' do mês.

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9.10.07

the reason i'm not attracted to you is your genitals are on the outside

Com um monte de coisas pra fazer, mas eu precisava fazer isso em comemoração ao quase término da legendagem.
Encontro às cegas da Sharon e do poorbitch. We have a stabbing victim!



Toda essa confusão pra Sharon conhecer a Beth.

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6.10.07

wish i was your brother so that we could hang

Meu player ali do lado escafedeu-se e eu fico querendo colocar música aqui. Então vou linkar pro youtube, é o que tem pra hoje.
Primeiro uma música que eu sempre ouvia falar, mas nunca tinha escutado. Do Of Montreal, The past is a grotesque animal. Essa versão do vídeo é exageradamente dramática, prefiro a versão original. É mais agressiva e menos piegas. Mas a letra é uma das melhores que eu já vi.
Bem mais pop é o Snow Patrol com a Martha Wainwright. Eu nunca gostei de Snow Patrol, acho genérico demais, mas essa música é linda. E coroa a Martha como a mais talentosa da família, pra mim. Aparentemente tocou em Grey's Anatomy, mas parei de assistir quando deixou de fazer sentido. Enfim, achei sem querer quando procurava a apresentação dela no Jools Holland cantando Bloody Mother Fucking Asshole (vício desde o ano passado). Dessa música (incrível), o melhor que eu achei foi isso (e isso aqui, ela fumando o baseado que jogaram no palco).
Sem esquecer o vício obrigatório do mês em Juliette (acabei de encontrar isso, que fofo) e o revival de The end of the world, do The cure.
E aí tem mais Nouvelle Vague com a Julie Delpy, a nova da Aimee Mann e Hope Sandoval com o Death in Vegas. Nada disso no youtube.
E a Wendy, né, porque eu não vou conseguir parar de falar disso por um bom tempo. Tem pouco vídeo dela lá, mas esse aqui é bem bom. Dá pra ouvir muito bem e ver como ela é linda. Mas o show foi tipo assim, menos os outros instrumentos. A voz dela ecoando numa sala pequena, sem amplificação, é de arrepiar*. E esse aqui é um pedaço da minha favorita.
Achei fofo o que ela blogou sobre São Paulo. No myspace dá pra ouvir 4 músicas. Começa por Black Angus, é a minha segunda favorita**. Aliás, muito fofa também é a bio :

"originally from the prairies of canada, wendy's songs retain her love of wide open space and the longing that such big skies can generate. she is a fan of underdogs, strange cats and brave hearts. these characters are often the centerpieces of her songs which she creates using looped vocals, accordion, and guitar. she has been described as an artist that creates 'deep twisted tales' and 'wise moving music'."


* ela fez a gente uivar e miar. Na verdade podia escolher, ela deixou por nossa conta. Eu uivei.
** eu achei que ao vivo é bem melhor que em gravação assim. Só pra ter noção de como o show é bom. Mas não acho nada ruim o meu cdzinho autografado.

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nothing like a belly full of stitches to let you know you're alive

O bom de ter amigos próximos é que eles não te deixam perder coisas que não deveriam ser perdidas. Passei os últimos 2 dias ouvindo o quanto a Wendy McNeill é incrível e tuda e etc. Eu só fui no show de hoje porque foi de graça. É, eu sei, muito pilantra. Mas eu compensei. Acompanhem.
Cheguei meio atrasada. Show em livraria, no andar dos livros infantis. Não sabia muito sobre a mulher, só que ela era super recomendada por pessoas que têm total credibilidade comigo. Na livraria, fui seguindo o som. Vi uma porta de correr, fechada. Abri.
Caguei no maiô.
A sala era pequeniníssima. Tinha umas 30 pessoas, ela num palco, sem amplificador nem microfones. E claro que todo mundo olhou pra mim quando entrei. Até ela.
E ninguém me avisou que a filhadaputa era linda! Que ódio.
Ela tava no fim de uma música. Encostei na parede e quase acendi todas as luzes da sala (que tava quase no escuro, coisa linda). Cheguei chegando mesmo. Ela terminou a música e perguntou se eu queria a cadeira que tava no palco. Caguei de novo no maiô. Só consegui balançar os braços. Ela sorriu, começou uma nova música. Só na metade dessa nova música que eu consegui me recompor e pensar em sentar, já que as minhas pernas não me obedeciam mais. Sentei no chão, fúcsia. Eu, não o chão. Do meu lado tava um cara com a filha de uns 3 anos. Que também tava sorrindo, como todo mundo na sala.
O show foi rolando e eu vi que ela não foi fofa comigo porque eu sou oh so very good looking. Ela é fofa. Com todo mundo, até quando não tinha que ser. Ô pessoa simpática. Não basta ter voz de anjo, ser incrivelmente linda e tocar instrumentos esdrúxulos. Tem que ser educada, fofa, engraçada, solícita e goofy. Esqueceu dois pedaços de letras e tirou foto do público.
Tinha criança, cachorro, velho, indie, nerd. Algumas pessoas jogadas no puf mas, ao mesmo tempo, todo mundo que tava lá, tava porque queria estar. Não é fácil reunir tanta gente numa noite de sexta-feira em São Paulo.
Durante o show eu não sabia se chorava, se ria ou se chorava rindo. Ela às vezes vinha perto ou olhava. Nunca vi um show tão de perto, então não conseguia olhar quando ela tava a dois passos de mim. Eu só tinha vontade de chorar mesmo. Ali, na frente de todo mundo, por alguém que tava me contando uns segredos. Se eu me lembro, é meio como se apaixonar.
No fim, eu tava atordoada e fiquei dando volta no quarteirão até lembrar onde tava o carro. Demorei pra achar, fiquei ligando pra todo mundo pra contar o que tinha acabado de me acontecer.
Eu não sabia o que esperar, de verdade. Encontrei uma banda de uma mulher só, com carisma e talento pra apaixonar todo mundo que tava ali. Ela fez isso, ficou muito claro quando todo mundo saiu do show e foi comprar o cd. Comprei dois, um pra pessoa que me indicou. É o mínimo que se pode fazer nessas situações. Quando alguém faz isso com a gente, fica muito difícil retribuir. Porque não tem gesto que dê conta.
Preciso começar a sair de casa usando fralda.

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3.10.07

but it doesn’t feel like my day at all

Tive que ir pra uns lados da cidade que nunca vou e que não têm metrô perto. Peguei trem pela primeira vez na vida e fiquei deslumbrada. Ar-condicionado super potente, música clássica tocando, uma limpeza que eu nunca vi, segurança pra todo lado. Parecia que tinha entrado num trem pra alguma dimensão paralela. Em dez minutos cheguei onde precisava e ainda pude voltar rindo dos carros parados no trânsito da marginal. A maioria das pessoas do vagão tava dormindo já, em pleno pôr do sol. Fiquei triste por quem tem sono às 17h30. Tipo por já ser o fim do dia deles. 17h30 é quando eu começo a parar de querer morrer e a graça toda começa.
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Ei, anônimo do ip 201.81.91.83. Esse blog é muito ruim mesmo, eu também não acredito às vezes. I feel your pain. Mas eu sou meio obrigada a ler, né?

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1.10.07

me, i don't show much

Descobri um bom passatempo pra fila de banco. Ficar olhando os atendentes. Eu acho que moro perto de algum campo magnético importante, porque quase todos os bancários da região são clones de pessoas famosas. É muito sério. Sugiro que alguém comece a marcá-los com números ou algo assim.
No Bradesco, a Little Miss Sunshine trabalha ao lado do Tracy Morgan (que é uma quarentona de cara fechada). A Little Miss Sunshine não faz jus ao nome e tá sempre discutindo com a chefe dela. Maior barraqueira.
No Banco do Brasil tem o Sanjay. Sempre sorrindo e algumas vezes até rindo a ponto de gargalhar. Deve trabalhar maconhado. Ou é gay, né, porque nunca riu comigo. Só com homens, eu percebi. Não que eu pare na frente dele e faça careta pra fazê-lo rir. Pelo menos não intencionalmente.
Do lado do Sanjay, fica uma senhora que ia trabalhar de peruca até outro dia. Armei a maior história de vida pra ela (doença grave, solidão, volta por cima e etc) e eu sou educada em excesso com ela. Por causa dessa vida fantasiosa que ela tem, pra mim. Retardada.
Ao lado da senhora-fênix fica uma outra senhora. Dessa eu tenho medo. Cara fechada demais. Sem falar na cara de reprovação e o 'tsc tsc' que ela solta quando a conta que eu tô pagando já venceu. Dá vontade de denunciar.
No Itaú tem uma senhora que é personagem da Família Dinossauro, que eu não lembro o nome. Mas era um cara bege, chato pra caramba. Iguaizinhos.
O meu banco preferido é o HSBC porque lá trabalha a Luisa, da mtv. Como se isso já não bastasse, ela usa óculos e eu fico nervosa quando ela me atende. Quem trabalha do lado dela é um moço simpático que não parece ninguém famoso mas é igual a outro bancário, do Bradesco. Um dia pergunto se são irmãos.
Fui ao HSBC hoje, preparada pra ficar naquelas filas ridículas. Porque não basta ter pessoas a uma distância muito desconfortável na sua frente e atrás. Não, né. Tem que ter gente em distância desconfortável dos lados também. Um dia saio gritando "Personal bubble! Personal bubble!" e abrindo os braços como unidade de medida.
Mas aí olhei pros atendentes. O cara-simpático-com-irmão-também-bancário tava lá. Do lado dele, uma nova. A Renatinha, jogadora de vôlei. Eu quis a minha mãe.
Mas aí olhei do lado dela, tinha mais uma nova. E meu jesus. Se eu fiquei vesga com a Renatinha, essa me desenvesgou. Ou me envesgou mais ainda. Ela consegue ser uma Mary Louise Parker mais bonita. Só tinha um treco esquisito no cabelo, mas oi né. Não tô reclamando. Fiquei torcendo pra ela não me atender, eu fico muito nervosa com essas coisas. Mas claro que dos três funcionários, ela que me atendeu. Deu boa tarde e eu quase respondi "Onze zero sete", que é a senha do meu cartão. Quando consegui me brecar, devo ter respondido um "hjasbaehbmmuh". Assim de perto, só consegui olhar pras mãos dela. Unhas bem cuidadas, nem curtas nem compridas, mas sem esmalte. Só tinha um brilhinho, que pensando agora poderia ser baba minha. Demorou um pouco porque ela é nova lá, mas nem achei ruim. No fim, falei 'brigada' pro balcão e percebi pelo canto do olho que ela tava me olhando ainda. Subi os olhos e ela sorriu. Caguei no maiô. Devo ter sorrido também, mas não tenho certeza.
Saí do banco, fui pegar o carro e notei que a minha mão tava suja. Ela deve ter sorrido porque eu devia estar com o rosto assim.
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Percebendo o que eu tenho escutado ultimamente, a minha epifania do post anterior mostrou que eu sou bem lerda mesmo. Adoro quando grudo numa música e só percebo o motivo depois. E não, não tô falando de ãmbaréla ê ê.

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crawling into the rut with me and holding my chin up

Passei a semana inteira tentando entender como algumas coisas ainda são possíveis. Ao ponto de catatonia, inclusive. É muito fácil esquecer os motivos que fazem as coisas serem do jeito que são. Então às vezes eu tenho domingos assim, em que eu lembro. Lembro o porquê de algumas coisas ainda serem possíveis. O motivo de eu ser assim. Posso escrever horrores a respeito, mas não quero. E de cada 5 posts meus 1 é babando pelos meus amigos, então chega. Só queria lembrar da noite de hoje quando tiver um dia ruim. Lembrar o motivo de tanta alegria. E de tanto sofrimento também.
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E ele tocou I feel it all, Sometimes always e International Dateline. Como se eu tivesse falado pra ele rezumir ök?/ tudo o que eu tava pensando e sentindo.
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Passei pelo centro ontem à noite e fiz coisas que nunca tinha feito antes. Tipo andar de carro na calçada da Avenida São João, o que por si só já foi terapêutico. Aí vi umas tendas, achei que hoje teria algum show tipo o do cansei em 2005, quando a gente achou que a Clara desceria de rapel do viaduto do chá. Hoje vi que as tendas estavam montadas pro filme da Julianne Moore. Ela já filmou tipo em Osasco.
Coitada.

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