24.4.07

macaroni




You poop into my butt hole and I poop into your butt hole, back and forth, forever.


(3)

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23.4.07

se eu pudesse destruir a faria lima

Abril é o mês de muita coisa, pra mim. O mês em que meu joelho esquerdo dói mais. O mês que mudou a minha vida. O mês que demora mais pra passar. E é também o mês do meu aniversário. Eu nunca gostei de comemorar porque tenho mais azar em aniversário que a B.u.f.f.y., mas nos dois últimos nenhuma catástrofe muito grande aconteceu (se a gente esquecer duas quase-mortes e coração em pedaços, que no fundo é uma quase morte também *violinos*). Enfim. O caso é que vai ter show do Biônica um dia depois, então vai ser uma meio-comemoração. Seremos milhares de links no Berlin, caso alguém queira se juntar a nós. A gente é inclusivo, eu juro.

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20.4.07

sweetheart, bitter heart, now i can't tell you apart

Estava eu em mais um evento da Semana de 22*, ontem. As pessoas de sempre, as conversas de sempre. Até começarmos com o assunto obrigatório, o dia da festa na mansão do Adam Kesher. Aquela que terminou com as pessoas seminuas na piscina, trêbadas e que iniciou a minha fase amante**. A história toda tá no blog antigo, mas isso é tudo que vocês precisam lembrar. Enfim. Estamos nós conversando sobre a tal da noite. A dona da mansão do Adam Kesher, a pessoa mais engraçada que eu conheço (mesmo me levando a ser amante...note que ela me leva a isso, eu não tenho livre arbítrio algum), levantou do sofá. Pronto, lá vem.

"Meu pai me contou que desceu pra dar bronca na gente, a bagunça tava demais. Ele falou que colocou o roupão - primeira vez na vida que usou o roupão que tem - e foi em direção à piscina. Tava pronto pra gritar quando uma menina de calcinha vermelha e blusa transparente apareceu na frente dele e ele pensou 'Ah, deixa as crianças se divertirem!'. Foi pro quarto, tirou o roupão, acordou a mulher e treparam até altas horas pensando na menina de calcinha vermelha."

Tipo. Ew.
Segundo. Eu até poderia mentir, falar que minha calcinha era preta. Mas eu fiquei tão vermelha que não tive como esconder. O pior é que eu nem lembro muito bem de ter cruzado com o cara, só lembro de ter entrado na mansão do Adam Kesher pra fazer xixi. O cara devia estar muito bêbado também, pra se animar com tão pouco. E legal porque ele sem querer me deu uma desculpa pra não virar namorada da menina. Se ela vier com nhenhenhem, eu posso falar "seu pai quer me comer, não rola. Imagina no natal". Isso ganha de creepy threesomes, já é declaradamente território edipiano.
...
Mas amanhã eu pago todos os meus pecados. Vou levar minha vó no médico às sete da manhã. É a visão do inferno. Mesmo se eu narcolepticar nesse exato instante, eu só vou ter três horas e meia de sono. Mas eu não tô com quatro pinos no braço e nem tenho 76 anos, né.
...
Novo podcast. Uma nova da Jenny Owen Youngs (com o começo de música mais fofo e gay que eu já ouvi), uma "nova" da Feist, Martha Wainwright com a melhor música do mês, uma de uma cantora fofa que eu descobri sem querer (Julie Doiron), Tanya Donelly e Cowboy Junkies, que são sempre necessários.
...
Eu preciso parar de fazer novos marcadores, mas eu me divirto inventando essas coisas, é até mais legal que postar.


* minha mãe que fala assim. São as noites regadas a vinho, pães, queijos variados e com o maior índice de frases quotáveis por segundo.
** das 5 últimas pessoas que eu fiquei, todas estão namorando. E adivinhem. Não comigo. Buniiiito.

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16.4.07

we are rainbowarriors, evil come not near

Eu nunca sofri preconceito (além do materno-quase infalível-porém-temporário-ao-sair-do-armário). Mentira, uma vez. Não sei se eu contei aqui (mas quase todo mundo já sabe) de um idiota que quase me fez bater a bioncê (meu antigo carro), tentando dar uma de machão porque um dos meninos 'mexeu' com ele. Claro que eu tentei dar uma de machão e meio e fui pra cima dele também. Apesar de tudo isso (ou justamente por causa disso), eu não consigo imaginar como alguém consegue viver no armário. Claro que quando a gente percebe que é 'diferente', dá um certo medo, mesmo que a gente não saiba exatamente medo de quê. Eu tenho uma (ex) amiga de infância que ficou com menina mais cedo que eu, mas só embolachou de vez quando retomou contato comigo (procurando justamente isso). Ela faz, acontece, causa horrores mas se faz de santa pra mãe. Nega até a morte e me joga na fogueira. Eu nunca me importei, só deus sabe como eu adoro drama e me fazer de mártir. Mas a menina cagou comigo recentemente e a mãe dela veio falar merda pra mim. Não que eu não soubesse já, mas vendo acontecer com outra pessoa (meu histórico familiar a gente ignora) deixou muito claro que o armário é o lugar mais aterrorizante que existe. Causa tão mais sofrimento viver com medo e mentindo do que trepar com dez meninas por fim de semana e não esconder isso. Quer fazer, por favor, faça. Quem sou eu pra julgar as vontades, as minhas 'vontades' deram origem a cagadas internacionalmente conhecidas. A questão é esconder, seja a vontade, o ato ou a cagada. Se você é capaz de fazer, é capaz de falar. E quem não é capaz de falar, deve viver num medo tão intenso que eu só consigo sentir pena*.
A mulher falou tanto absurdo pra mim no telefone que eu até tremia**. Por cinco segundos eu congelei, de tão estupefata. Como se eu não conseguisse representar o que tava acontecendo, me faltou palavras pra interpretar tanta violência. Cinco segundos de 'about: blank' mesmo. Mas foram cinco segundos. Encarnei linda a Bette Porter e comecei a latir pra mulher. Não latir de fato, apesar de conseguir imitar meu cachorro com impressionante precisão. Desconstruí todos os argumentos dela, foi uma coisa linda de se ver. A mulher só falava 'não, não é'. Eu nunca fui racional em briga, a Bette deve ter mesmo baixado em mim (não 'baixado nimim', infelizmente). E eu nunca me senti tão bem por conseguir (relativamente, né, também sou neurótica defendida, histérica de conversão sem olfato) bancar quem eu sou. Com as coisas boas e as cagadas. Minha roupa suja tá aí pra todo mundo ver, com marca de ketchup, cheiro de cigarro. Mas minha roupa suja. Do mesmo jeito que meu varal de roupas branquinhas lavadas com Fofo azul e Omo. Aliás, talvez seja até um defeito meu, me responsabilizar demais pelo que faço. Isso me deixa às vezes masoquista ao extremo, às vezes incrivelmente orgulhosa e convencida.
...
O melhor foi que eu tava falando tudo isso pra uma mãe e não era a minha. Nada se compara ao fato de que minha tratou a minha então namorada, no almoço de Páscoa em família, do mesmo jeito que ela tratava a então namorada do meu irmão. Nada pra mim é mais importante que isso. Na maior parte do tempo, as portas da minha casa tavam bem abertas mesmo*.
Ironicamente eu não saí do armário por opção, mesmo porque eu não sabia o que tava acontecendo. Mas foi a melhor coisa que já fizeram por mim.
...
Já que o tema é gayzice, rainbowarriors pras massas:



in these times of evil spirits
of material thugs and mischief
fear Saint Noni’s wisdom
and his love for rainbow spirits
jealous of their faithful heart-bond
and their dancing and their laughing
made at last a league against them
to molest them and destroy them
saint Noni wise and heart-strong
often said to Rainbowarrior
“oh my brother do not leave me!
lest the evilspirits harm you!”
rainbowarriors of two spirits
gentle hand and lion-hearted
he laughed and then he answered
like a child he softly whispered
we are rainbowarriors
evil come not near
rainbow love awaits us
with hearts of love and tears



* você pode dizer 'ah, mas sua mãe aceita, blablabla'. não foi sempre assim, meus finados copos e pratos sabem bem do que eu tô falando.
** acordei hoje toda dolorida, parecia que tinha tomado uma surra de taco de baseball.

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12.4.07

can't seem to breath with a rusted metal heart

Acho que ninguém que me lê assiste Lost, então não preciso esconder esse post. Se num quiser saber o que acontece, ignore isso aqui.
Eles* prometeram que um personagem sairia do armário e não cumpriram. Primeiro porque quem não prestou atenção, nem ouviu a fala da Shannon em Exposé. Segundo que o comentário pode ter sido de zoeira. Terceiro que 'transformar' (porque seria bem isso, muito do nada) o Boone em gay estraga toda a história dele, pra mim. Adorava o meio incesto dele com a Shannon (e isso foi antes de Cocorosie entrar na minha vida). Sem contar o fato de que é tão fácil querer ser politicamente correto e botar um gay no meio da coisa toda. Ainda mais um personagem que já morreu, aí eles não precisam desenvolver isso a fundo nem mostrar nenhum affair colorido na ilha. A ABC é a rede mais criticada nesse sentido. Nem Lost, nem Grey's, nem Desperate têm personagens gays importantes. Se a gente lembrar que a ABC é da Disney...
O fato é que, por causa disso, a gente tem que fantasiar com o que tem pra hoje. Eles* devem ser leitores do meu blog porque realizaram (mesmo que não totalmente, eles* não comeram cocô) um dos meus maiores desejos desde que a Juliet apareceu: me deram uma noite romântica entre ela e a Kate, envolvendo algemas (cuidado que essa fota é grande. É pra usar de wallpaper, minha gente), luta na lama, passeio no bosque, camisetas molhadas e aconchego no miolo de uma árvore. Mãe, essa é a hora em que você pára de ler esse post.
Em termos de história (é, eu ainda meio que me importo com isso), a Juliet não me engana. Meucu que os Outros a deixaram pra trás, isso tudo é armação. Se eu fosse o Jack, dava uma de sem teto e chamava o povo da praia pra morar no Cingapura dos Outros. Eles têm piano e discos da Petula Clark, poxa.
Eu gosto bastante do Jack. Como a Juliet e a Kate não podem pegar um jet ski e fugir dali rumo ao The Planet, eu fico comparando as duas. Nesse episódio ficou mais fácil. Vejamos.


melhor acordando cagada: Kate. Imagina acordar com alguém te olhando assim. A Juliet parece morta quando tá deitada, de tão branca. Eu tenho sérios problemas com quem parece que morreu quando tá dormindo.





melhor acordando cagada - cabelos: Juliet. Claro que ela tem a vantagem de ter chapinha, secador e produtos de cabelo onde ela mora. É cabelo de quem tem uma George Grill família, uma bermuda de cerâmica anti celulite e AB Shaper. Coitada da Kate.





melhor na chuva: Kate. A Juliet não deve estar acostumada a ficar na chuva, sendo civilizada e tal. Provavelmente ela assiste algum dvd em dias chuvosos, enquanto a Kate precisa cavar um buraco na areia pra tampar o próprio cocô. O que é bom, porque a Juliet na chuva é tipo uma lombriga.




melhor na chuva - cabelos: Kate. Mas acho que é questão de costume mesmo, como eu falei no item anterior. Ela nunca aparece de cabelo alisado, então quando chove tipo não muda. Você percebe que vive cagado quando chove e você não se desmonta. Diferente da Juliet, que é só bater uma chuvinha e ela já fica derretida.




melhor 'molhou, secou, e agora?' [aka 'melhor no pós chuva - cabelos']: Kate. Pelo simples fato de ela não parecer que fez dread, como a Juliet.






melhor pilantra: Juliet. A Kate é bem pilantra, mas a Juliet teve treinamento profissional nessa área. Deve-se levar em conta que a Juliet parece bem mais indefesa que a Kate e, por isso, tem todo o fator surpresa. Você esperaria um ataque da mecânica que arrumou o seu carro, não da mãe que acompanha o filho no jogo de futebol.





melhor no escuro: Juliet de novo. Enquanto a Kate fica toda chamativa suada e brilhando no meio da mata, a Juliet conhece todos os cafofos e moitas dali. Uma coisa 'eu sou uma Outra fodona e tenho visão noturna'.






melhor cara de dor: Juliet. Provavelmente nunca quebrou uma unha na vida. Deve ter baixíssima tolerância à dor. Ela é médica especializada em fertilização. Ou seja, super deve estar traumatizada com o tanto de mulher que grita de dor durante os partos. A Kate deve aguentar até ser atropelada por caminhão, quase quebrou a Juliet sem perceber.





melhor caída na lama: Kate. Quem já explodiu a própria casa com o pai dentro deve estar bem acostumada a cair na lama. Dá até gosto de ver, ela cai de cara de uma maneira que até fica vesga. A Juliet fica fingindo lá no fundo, toda fresca. A Kate realmente não se importa em se sujar.




melhor pós lama: Juliet. Laranja, amarelo e azul combina. E a Kate tá parecendo o Yitzhak, de Hedwig, com uma sombrancelha só e barba. Só falta a bandana na cabeça.






melhor relação com a lama seca: Juliet, claro. Não dá pra não amar a mulher que depois de tudo isso, ainda tenta lamber a lama. Ganhou da Kate, que pareceu estar incomodada com lama nas partes íntimas (apesar de esperarmos o contrário, já que a Kate provavelmente já teve muita lama e areia na cueca).




melhor 'the sky is falling': Juliet. Tudo que cai ali naquela ilha, ela deve saber do que se trata. A Kate olha pra cima pensando 'ai, o que será agora, jesuis?', sem saber o que esperar dos céus, enquanto a Juliet pensa 'ah, tá na hora da poltrona do Michael Jackson cair na praia 3C'.





melhor 'tira o olho do meu homi': Juliet, pelo simples fato de estar com uma vantagem moral por não ter transado com o Sawyer na 'frente' do Jack. Ela sabe que tá por cima. A Kate só parece culpada, tadinha.






melhor 'é, não foi nessa noite q a gente se pegou': Juliet. Olha a cara da Kate de 'o fim do mundo está próximo, why god, why?', mas a Juliet é sabida, ela é uma Outra. Ela é paciente e pode esperar mais um tempo antes de partir pra pegação.






melhor flertadeira (essa palavra existe?): Kate. A gente bem sabe que ela tá olhando e pensando 'eu tô no mato com a ex da Gia! Eu tô no mato com a ex da Gia!'. Tá, talvez a Evangeline estivesse pensando isso (tô de olho nela...ela parece ser do tipo que tinha Gia como o filme preferido da adolescência) e não a Kate, mas transpareceu. A Juliet não fica muito atrás, a gente bem sabe que ela tá pensando 'olha esses braços! Meu pai, olha esses braços! Como eu disfarço que tô olhando pros braços?'.



melhor toque sutil: TODO MUNDO SAI GANHANDO.










Ou seja. Jack, querido. Se você ficar na ilha, fica com a Kate porque ela é bonita de mendiga. Se você sair e retomar sua vida suburbana, leve a Juliet com você.
Mas a conclusão que realmente importa é que a Kate é a ati.va e a Juliet é a passiva. As duas precisam parar de fingir que querem salvar o Jack e ir morar em West Hollywood.
...
De novo, se alguém quiser me arranjar um emprego...


*adoro falar 'eles' quando me refiro aos criadores. Me sinto fanática, sendo que eu só gosto do seriado. Mas se eu começar a postar aqui foto minha vestida de escotilha, por favor alguém me reporta as bogus e me mata.

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11.4.07

so take off all your clothes

Quando eu digo que música salva a vida da pessoa, ninguém acredita. Depois de um dia especialmente cocô-milhado, me deparei com isso. Sim, essa é aquela música ridícula do Nelly. Se eu já amava a Jenny Owen Youngs, agora ela tá chegando ao meu olimpo.

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7.4.07

a painted star for every secret that we shared

É só o calor recifense que tava fazendo em São Paulo desaparecer que meu humor já muda. A ansiedade vai embora, a necessidade de sair de casa também, eu consigo dormir mais cedo, não uso regatas e etc. Ou seja, o frio (na verdade, a ausência do calor recifense) faz de mim uma pessoa madura. Ultimamente nada me dá mais prazer que sair (com blusa de frio, pasmem) pra jantar com os melhores amigos, comer carne quando não deve, ver gente bonita, rir até doer e voltar pra casa antes da meia noite, ouvindo Cowboy Junkies.
Melhor que qualquer threesome (tá, menos aquele formado por Bette-eu-Helena). Melhor que qualquer porre.
Como eu amo essa cidade, meu jesus menino.
...
Eu e meu irmão, na Francisco Matarazzo:

eu: cê sabe onde cê vai sair, se continuar reto?
ele: na praça da sé.
eu: quase! como cê sabe?
ele: porque todas as ruas de São Paulo terminam lá.
eu: er...hein?
ele: é. todas as ruas levam pra praça da sé, você não sabia? e claro que seguindo reto a gente vai sair lá, porque é longe.

Eu não sei como ele tá vivo até hoje, de tão ingênuo e inexperiente que é. Mal sabe que o centro da cidade nem é tão longe da minha casa.

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4.4.07

have mercy on me, baby

Novo podiquésti ali do lado. Tava sem paciência mas hoje saiu.

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2.4.07

she's just a constant lover

Eu tinha feito um post super descritivo, mas alô mamãe.
Por favor, 2007, pare de jogar putarias na minha direção. Eu não quero, eu não agüento mais, chega. E eu não tô sendo irônica. Acho que meu destino esse ano é morrer de sede na casa alheia e rejeitar threesomes. Não quero, juro que não. Passei a noite debatendo a possibilidade até convencer que não rola (apesar de ser incrível, na teoria). Eu realmente acho que o mundo anda fora de compasso comigo (tá, o contrário é mais provável). Minha auto-estima foi do buraco na camada de ozônio pro buraco do metrô em poucos instantes (eu sei que parece impossível, dada a situação). Eu tomo no cu. E não é qualquer tomada no cu, é uma tomada no cu personalizada. Não é tipo 'ai, peguei dengue' ou 'caí da escada e quebrei o braço'. É uma tomada no cu que vem com o meu nomezinho escrito. Tô quase acreditando que existe essa porra de karma. Saí de casa às 16h, voltei às 9h da manhã do dia seguinte. E a porra da merda do cu do ônibus ainda atropelou um cachorro na volta.
Mais personalizado que isso, só se o cachorro tivesse gritado, enquanto morria agonizando, "Be brave. Live. For me".

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