1.8.07

one of your soft sweet lagrimas

Respondendo o Dan, que sempre tá em sintonia comigo mesmo estando longe (saudade!), eu vi Pushing Daisies (novo seriado do Bryan Fuller, aka pai dos meus filhos) outro dia. Queria ver mais uma vez antes de comentar, mas o meu computador não coopera.
Um mondispoiler, vamo escondê.
Bryan Fuller, né. Mais uma garota com nome de garoto. Depois de Jaye e George, agora Chuck. Quebrou meu coraçãozinho o fato de o protagonista ser um homem e não uma mulher, como em Wonderfalls e Dead like me. Parece que ele cansou de ser cancelado e, querendo ou não, infelizmente seriado protagonizado por mulher ainda não é tão assistido quanto seriado que tem um homem como principal. Eu falo isso depois de muito tempo procurando motivo pros cancelamentos, lendo um monte de entrevistas com os criadores (o Tim Minear foi tudo quando cancelaram Wonderfalls, super solícito e próximo dos fãs). E constantemente a emissora queria que a Jaye e a George se vestissem melhor e se maquiassem(ninguém pede isso pro Monk), que fulano tivesse mais destaque e por aí vai. Claro que hoje em dia a gente tem Desperate Housewives (que eu aprendi a odiar. Começou sendo uma coisa e hoje, pelamor. O Marc Cherry me parece o ser mais republicano self-hatred que existe), Greys Anatomy (que é mais de elenco do que a Meredith e um elenco de apoio. Alguns agradecem, mas eu tipo amo a Meredith e super veria um seriado só dela. Ela poderia ter um spinoff, hohoho), alguns seriados criminais com mulher de principal (Coldcase, Medium e The Closer) e Weeds, que não tem igual. Mas as emissoras ainda acham arriscado produzir seriado com mulher no papel principal. É só ver que, pra cada um desses que eu citei com mulher protagonizando, existem uns 7 ou 8 com homens de principais. Sei lá, me cansa e eu quero outra anti heroína do Fuller.
Mas por enquanto eu tenho que me contentar com o Ned. O Lee Pace é tipo tudo. Tá mais velhinho (ou talvez seja o cabelo mais curto, sem aquele ar de 'sou um teólogo ateu' de Wonderfalls), mas continua incrível. Eu não senti o elenco todo afiado como em Wonderfalls e Dead like me (não adianta, eu vou ficar comparando pra sempre, ainda me dói). Ou talvez seja questão de tempo. Bah, nem é. Nenhum elenco bate Sharon, Aaron, Darren e Karen. E Mahandra. Nenhum.
Enfim. Sem viver do passado. Gostei das tias da Chuck (incrível aquilo do tapa-olhos impedir que uma delas visse a Chuck no final). Gostei do conceito de 'tocou uma vez, vive. Tocou duas, morre'. Hello. E vai ser extremamente frustrante o fato de o Ned e a Chuck não poderem se tocar. O Fuller adora uma castração, jesus. Deve ser super fã do Angel com a Buffy, não é possível. Primeiro a George tá morta e não pode ter namorados. Depois a Jaye, que era retardada emocionalmente. Só que em Pushing Daisies, ele diminuiu o tom cínico e sarcástico (limitados ao personagem do Chi McBride, que eu odeio, e da tia ruiva) e aumentou muito o romantismo e a breguice. Eu falo breguice com carinho, claro, porque a breguice dele é sempre a mais estranha e off putting. Pushing Daisies me pareceu bem conto de fadas (inclusive pela narração, que eu não gostei). Só espero que não siga o óbvio de moço-salva-moça. Mas eu sei que o Fuller não vai me decepcionar. A Jaye e o Eric meio que se salvaram ao mesmo tempo. A George não salvou ninguém e todo mundo, mas coitada. Catou tão pouca gente. Gente morta também precisa de amor, né?

2 comentários:

Anônimo disse...

Pretendo rever o piloto quando sair a legenda, afinal, meu inglês não é dos melhores. Também acho que o Bryan tentou se adaptar ao "mercado", visto que suas séries não iam para frente (maldita audiência norte-americana). E creio que ele foi feliz nisso. O piloto me cativou. O elenco é muito bom (precisam de uns ajustes, mas, com o tempo isso ocorre). E mais uma vez, concordo contigo. Lee Pace é tudo. E que casal principal adorável. O f*** é eles não poderem se tocar. Ainda tenho medo de assistir séries do Bryan, elas nunca duram muito. E só para constar, amei o post. ;)
Saudades, moça. :***

Anônimo disse...

bem esse poste é meio antigasso, talvez vc nem leia, mas acabei chegando aqui pelo google... xD
Bem, falou tudo, gostei do post.
Agora que ja deu pra ver que pushing daisies foi pra frente eu começei a ver, realmente, ele tentou uma nova abordagem (pra mim nada supera o exímio humor negro de Dead Like me e Wanderfalls - que eu estou vendo ainda -). Um dia me peguei pensando, ele tentou usar uma certa "linguagem retardada " pra ver se os lesados da audiencia conseguem acompanhar e gostar dos seriados que ele faz (nao to falando por mal, eu até gostei um poco dessa abordagem), funcionou, ele tenta disfarçar o humor negro com aquele charme todo, mais ta ali... ta ali, e é como sempre, perfeito, nao tanto quanto Dead Like me, mais é bom, e o que eu acho de melhor foi o toque de cenario e cores, muito legal...