29.9.07

ãmbaréla ê ê ê ê

Três vivas pra quem consegue transformar lixo em beleza.
Elas transformaram uma música completamente intragável em uma coisa incrível. Acho impressionante banda que consegue fazer cover e parecer que é música própria. Até parece que a Sara perdeu o guarda-chuva preferido, dado pela avó. Poderia estar no The Con. Se não tivesse uma letra infinitamente abaixo do que elas costumam fazer, claro.
E achei a voz da Sara beirando a Bianquice. Já pensou? Troca de esposas?



Achei meio Uh Huh Her também. O que sempre é uma coisa boa.

25.9.07

i had a brain that felt like pancake batter

Meg White, Meg White. E aogra amicä???/// Cmö fas??!!!1111one

high off the ground, when you're around

Nem tô mais empregada. Nunca estive, aliás. Porque, ao meu ver, pra ser empregada eu precisaria receber. O cara só queria me pagar tipo em fevereiro. E oi, estamos em setembro. Pagaria uns 400 reais no total, por 4 meses de trabalho. Claro que depois eu ia ganhar mais, mas até lá, eu ia acabar recebendo por dia menos que o que um motoboy ganha por hora. Nada contra motoboys, obviamente. Mas eu quero minha parte em dólar.
100 reais por 20 dias de trabalho. 5 reais por dia. Um motoboy ganha 5 reais por hora. Se eu considerar que nem ajuda de custo ele ia me dar, eu, no fim do dia, iria ganhar -9,60.
Fora interromper meu sono quentinho, minhas madrugadas mais que produtivas no msn e dar olheiras pras minhas olheiras. Sem nem falar da sobriedade, né. It hurts.
Devo ter cara de masoquista, não é possível. Parei com isso, alguém avisa. Sou assim mais não. Não sou escrava, ó. Só do amor *violinos*
Eu não tava gostando, isso também pesou. No primeiro dia, durante o almoço, torci pra ser atingida por um assento de privada vindo do espaço. Como eu não tenho essa sorte, pensei seriamente em não voltar mais. Assim mesmo. Foi almoçar e nunca mais voltou. Mas ainda tenho um pouco de consideração, né. Aí pensei em ir num bar e beber aguarrás (o solvente, não a pinga). Mas me deu ânsia.
O bom é que psicólogo quase nunca assina contrato. Apesar de que nem teria o que assinar com o cara. Seria tipo o que? "Eu, alimaC yseehC sedohR, aceito trabalhar em regime de escravidão até quando o Sr. Bizarro quiser."? Não, né. Então pegaeu.
...
Finalmente choveu. Tava me sentindo a Tina Turner em Mad Max.
...
Vou comemorar o fato de ser 7 horas da manhã, eu ter ido dormir na metade de Jericho (umas 21h30) e acordado às 5h30 sem sono. Vou falar do que eu tenho assistido. Jericho não, né, porque passa segunda-feira, é escuro e meio lento. Aí eu durmo mesmo. O Skeet Ulrich é tãooo ruim, mamãe. Sempre a mesma cara. Mesma cara de besouro. E toda semana parece ser o mesmo episódio, de tão pouco que a gente aprende sobre os personagens. Isso me irrita. Tipo flashback de Lost, que mostra sempre a mesma coisa. Oh, o Sayid torturava mas parou. Oh, o Hurley tem azar. O Jack é fucked up. O Sawyer é ladrão com coração de ouro. A Kate não consegue parar de fugir. O Locke tem daddy issues profundos. Já entendemos. Espero (e isso não é spoiler) que Lost adote os fast-forwards de vez, acho mais interessante.
Here we go.

Mais...

19.9.07

you must let me stand or fall

Prestenção. Vocês estão lendo um blog de uma pessoa empregada.
Na verdade talvez eu só tenha arrumado uma ocupação. Eu sou retardada e não perguntei salário. Pelo desespero mesmo. Não aguento mais ficar em casa, na frente do computador, cheirando os pedaços do meu coração como se fosse padê pra tentar reincorporá-lo ao meu organismo. Então qualquer coisa que me tire daqui tá ótimo. Uma conhecida passou meu telefone prum cara. Mandei currículo, meio sem esperança. Fui dormir às 7h da manhã de hoje (por uma boa causa) e acordei com o cara ligando ao meio dia.
Fudeu, né? Fui mesmo assim.
Ele tava procurando alguém recém-formado, mas de 35 anos pra cima. E eu não tenho mais de 35 anos, né. Nem 25 eu tenho. Mas o cara me chamou de exceção e eu tô me achando. Porque ele é fodão, parece. Queria linkar o site, mas não vai rolar. Já já eu consigo alguma inside scoop e descubro se ele tem contador. Mas ele é presidente de um monte de coisa, pioneiro em mais algumas outras, viaja horrores. Me deixou à vontade e eu consegui emular um ser humano. Queria falar mais, de verdade, mas tenho medo do google e sei que qualquer coisa que eu postar, vai aparecer logo na primeira página de busca relacionada ao assunto ou a qualquer aspecto da vida do cara (espero que não seja algo tipo incesto ou piercing genital).
Não sei exatamente o que eu vou fazer lá. Isso me deixa com medo. Como ela diz, não tô conseguindo me ver lá. Espero que amanhã no fim do dia eu esteja com menos medo.
Na hora que saí de lá, quis mandar torpedo pra deus e o mundo, mas só mandei um porque eu nem sei se vou receber salário. Quando o cara fala muito 'não há dinheiro que pague essa experiência', 'não adianta ficar num emprego sem saída pra ganhar 800 reais' ou 'você ainda é jovem', pode significar que ele não vai te pagar. Eu tô com medo. Preciso pagar minhas pilhas pro mp3 player, minha vodka e meus shows. É, eu tô cega de ambição agora. Alguém me segure.
Vou ter que procurar roupas de adulto no meu armário. Talvez eu precise de uma agenda. E aprender a comer verduras. Vai que alguém me chama pra almoçar. Meu deus. E se alguém me chamar pra almoçar?
Pelo menos eu já sei que vale ir de tênis.
Agora vou ali porque já tenho trabalho pra fazer e preciso acordar na hora que fui dormir hoje. Vou ali na rua trombar com um ônibus pra ver se durmo logo.

...

Às vezes me sinto a irmã do Dexter, pedindo ajuda e supervisão pro meu irmão com as coisas da profissão.

17.9.07

god only knows what i'd be without you

Ontem foi aniversário dele mas só tô conseguindo escrever hoje. Fica difícil ser original agora porque, pra ele, eu falo tudo. Até as coisas mais bregas. Ele bem sabe que é um dos únicos que sobraram pra apagar a luz e segurar a minha cabeça, pra eu não me afundar muito na merda (ou pra ajudar limpar depois). Mas acho que eu nunca agradeci por isso. Então obrigada. Por ser tão incrível, compreensivo, atencioso, gentil, divertido, sensível e racional ao mesmo tempo, pelo tanto que me ouviu e me ajudou até hoje. Couldn't have done it without you. Pelos momentos mais surtados e pelos mais sérios. Pelo neon e pela domesticidade de agora. Porque, pra mim, é família.

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A comemoração 1 foi num karaokê. Eu não canto, mas até tive vontade. Desde quando os karaokês por aí pararam de investir em Bem que se quis, saíram da mesmice e foram atrás de botar Patsy Cline no cardápio? Tinha Siouxsie, Fiona Apple (tá que era across the universe, né, mas), Liz Phair, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Diana Krall, Eva Cassady, Garbage (Milk. Saí falando isso pra todo mundo, meio como uma advertência tipo "Não cante, não quero me cagar"), Tori Amos, Pretenders, Smashing Pumpkins, Blondie, Morrissey, PJ...até me apaixonei por um mocinho que cantou jazz.
Mas o melhor de tudo foi vê-lo (e seu respectivo) cantando God only knows. Faltou tão pouco pra eu dar vexame que tive que começar a conversar com as pessoas. Foi bom ficar sem internet esse fim de semana, eu teria vomitado all over. Mais que a Christiane F. em crise de abstinência*. Só sei que vi o que eu quero pra mim. O que eu sempre quis. E que sempre soube que queria.
Aí na saída eu briguei com o flanelinha e a ordem se refez.

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A comemoração 2 me trouxe Fire department, materializou a Dra. Juliet Burke na pista e me divertiu muito. Lembrei do nosso fim de semana surtado. Sexta show, sábado neon e domingo fila da sopa.
Saudade de pintar a cidade de fúcsia com ele.

* nojento. Cuidado.

13.9.07

never no more will i cry for him

Há cinco minutos fui falar com a minha mãe. Ela tava na frente do computador, acompanhando uma música:

ela: Mi fá sol, mi fá sol, mi fá sol! Sol fá mi, sol fá mi, sol fá mi! *muito rápido*
eu: Credo. Se falar já é difícil, imagina tocar.
ela: Não. Os dedos são mais rápidos que a língua.
eu: Pra você.

*silêncio constrangedor*

*risadas histéricas*

...

Alguém caiu aqui procurando Patsy Klein. Só perde pra pucci cats dawsons porque Patsy Cline (infelizmente) não toca de dois em dois minutos na rádio.

12.9.07

why so sacred? why so serious?

A coisa mais legal da internet essa semana. E a coisa mais bizarra.
That's all.

11.9.07

drive away!

Aí que eu tô mexendo com wonderfalls e deu vontade de fazer clipe de tudo. E botar no youtube. Tudo. Esse pedaço me faz rir toda vez que assisto. Eu sou boba, eu sei, mas é bom mesmo. Sharon, a rainha do armário:

10.9.07

i followed you....foolishly

Em momentos assim, eu só consigo lembrar da minha supervisora de psicanálise. Praticamente a minha life coach. As pessoas sempre saíam da supervisão dela completamente mexidas, não tinha uma alma que conseguisse sair indiferente. Era muito divertido de ver, todo mundo sempre muito eufórico e falante. Eu particularmente saía flutuando de tão inteligente, sábia e engraçada que a mulher era (ainda é, às vezes a encontro em alguma palestra). Me dava vontade de sair correndo gritando pelos corredores, de tanta energia que circulava. A mulher soltava cada uma que virava bordão eterno, piada interna* e lema de vida. Então em algumas situações, eu só consigo lembrar de coisas que ela falava muito, como:


- em relacionamentos amorosos, a gente dá o que não tem, pra quem não quer.
Em 'relacionamentos amorosos' eu englobo crushes, paixonites, paixão e amor. Ela tava meio que quotando o Lacan mas, apesar desse pequeno detalhe, faz muito sentido. É um tal de idealizar, projetar e se jogar que é patético até. Eu não acho que chega a ser ao ponto de 'quem você ama não existe', como eu ando dizendo por aí (e como já ouvi tantas outras vezes). Não tão radical assim. Mas nesse sentido. Eu ia elaborar, mas já me exponho demais aqui as it is, então vamos deixar assim. E juro que não se trata de mágoa de caboclo, eu já disse que desse assunto eu não falo mais aqui.


- se você bobeou e não investigou alguma coisa quando teve a oportunidade, não se preocupe: o ônibus passa mais de uma vez no ponto.
Essa era a nossa preferida porque cobria qualquer falta de atenção da nossa parte. Quando a atenção flutuante flutuava demais e não pescava nada. E é muito verdade. Se for importante, a questão vai aparecer de novo. E de novo. E de novo. É confiar no inconsciente. O que a gente quer falar, a gente fala, mesmo não percebendo. É meu lema de vida. Eu sou bem anta pra captar as coisas e, sabendo disso, eu fico meio aliviada. Se eu prestar um pouquinho de atenção e se as minhas defesas deixarem, eu acabo percebendo o que os outros querem dizer. Não que saber o que os outros querem dizer seja bacana, lindo e indolor. Às vezes é bom a gente se dar uma enganadinha. O que me leva à próxima grande máxima.


- cada um só percebe o que é capaz de agüentar perceber.
Muita gente errava a mão (ATO FALHO, escrevi 'mãe') nessa hora. Era um tal de intervir querendo mostrar 'a realidade' pros pacientes que dava até pra apostar café** no intervalo. Claro que não dá certo e só é expressão da ansiedade de quem tenta mostrar alguma coisa pra alguém. Ninguém mostra nada pra ninguém, não é assim. É o que ela mais falava. Ninguém mostra nada pra ninguém. Eu adorava isso. É tão coisa de jovem bobo querer mostrar alguma coisa pra alguém. Atribuir sentido pras coisas dos outros. Tipo apontar e falar. A audácia de 'saber' mais do que a própria pessoa. E tem toda a questão sobre o que é a realidade. Não, não vou entrar num papo do tipo 'será que vivemos na matrix?', porque a gente bem sabe que isso é papo de maconheiro que acha que tá filosofando. Tô falando de realidade psíquica. Tipo não importa se você é a Amy Winehouse e tá enchendo a ventoinha de heroína se você não se considera alguém que tem a ventoinha cheia de heroína. Não é questão de conscientização. Quer conscientização, vai no Gasparetto que a bicha te chacoalha até você 'perceber' o que tá fazendo.


- o desejo não é futuro, é presente.
Uma das maiores piadas internas. O desejo não tá no que tá pra acontecer, mas sim no que tá acontecendo. A gente atualiza o desejo a cada instante. É o que realizamos agora, pra manter tudo do jeito que está. Cada um vive o desejo no agora, nesse instante. Não é o projeto, é o agora. Hello, princípio do prazer, so glad to see you.

...

Isso era pra ser um post rápido e genérico. Demorei uma hora pra postar e precisamente uma pessoa (sendo muito otimista) vai conseguir relacionar com o que tá acontecendo.



* piada interna de psicólogo/psicanalista me diverte muito. Talvez porque pela primeira vez eu consigo participar da piada e entender pelo menos metade do que tá acontecendo.
** no primeiro ano da faculdade, metade da sala saía pra beber durante o intervalo. Então sempre tinha uns 4 ou 5 bêbados dentro da sala (só dEUS sabe como isso me irritava. Eu ainda não bebia, né, ainda não precisava. Entendam). Os anos foram passando, inteligência foi cada vez mais exigida e tudo que o povo queria era ficar perspicaz e atento. Café era largamente consumido e provavelmente alguma coisa tipo anfetamina. Café eu odeio e não consigo engolir bolinhas (analisem depois). Nem vem falando que a minha vontade de sair correndo gritando era conseqüência de entorpecentes. Tomava chocolate quente no intervalo, acho que o moço só fazia pra mim. Enfim, sobre a aposta. Eu sempre apostava na menina que começava todas as frases com 'aí ele pegou e falou assim'.

1.9.07

my community said i could protect myself from a fire-fuck-ball by hiding under wood

Fiquei com vergonha do post anterior de novo. Acho que isso nunca vai acabar. Mas enfim, esse não tem piada de pum. É o Lewis Black falando sobre a segurança dos EUA depois dos ataques de 11 de setembro. Parece sério mas não é. E meio que é. É engraçado porque é verdade.




Eu fico querendo quotá-lo o tempo todo e nunca dá pra escolher um trecho só. Quem tiver tempo, clica aqui em "Mais..." que vale a pena.

Mais...

i pooped instead.

Tô com vergonha do post anterior, então vou postar um vídeo pra mudar o assunto. Ninguém muda de assunto como a Sarah Silverman. E acaba tudo em cocô. Ou seja, é o vídeo perfeito pra isso aqui.