that’s how my heart lies down beside the sidewalk
Eu sei que preciso parar de postar bêbada (e de comentar por aí também, eu sei, eu sei). Mas é que o medo tava grande. Enfim.
A pessoa dá sugestão de brincadeira, mas com a vida não se brinca. Então obviamente fomos ao zoológico ontem.
Ela chegou falando que gostaria de sentir medo com segurança. Não sei de onde a pessoa tira essas coisas. Mais tarde, ela resumiu bem. A gente tava se divertindo mais lá do que no airolG*. Apesar das semelhanças (não só com o airolG, mas com a vida noturna paulistana como um todo):
- ursos se atracando: no airolG eram homens mas no zoo eu não consegui ver, sou míope e ficaria estranho se eu prestasse muita atenção em pipi (ou vajayjay) de urso;
- gente fazendo pose pra tirar foto: no airolG, as fotologgers divas. No zoo os macaquinhos que até se abraçaram pra forjar um vínculo mais íntimo;
- eu me cagando e derrubando bebida na calça: nos dois lugares (assim como no resto do mundo), por mera falta de coordenação e não por alcoolismo. Eu sou tão desastrada que consigo cair subindo escada e ainda bater o rosto em móveis, durante a queda;
- alguém falando "Alimac!! Não faz isso!!": no airolG não sei se chegaram a falar explicitamente isso, mas ficou subentendido. No zoo, era uma mãe gritando com a filha;
- um ser que tá sempre em todo canto que eu vou: no zoo, tinha pingüim em todas as outras jaulas. Tipo aquele do desenho da She-Ra, que a gente tinha que achar no final. O pingüim tá em todas por ser coringa, eu disse. Claro que esse comentário estúpido gerou um debate nerd sobre Batman, que foi encerrado com ela dizendo "eu não jogo cartas". No airolG a gente viu as mesmas pessoas de sempre, com ênfase desnecessária em algumas que já me cansaram faz tempo;
- pombas rondando, ameaçando cagar na gente: no zoo, apenas um acontecimento normal da natureza. No airolG, apenas um acontecimento normal da natureza dyke. É um tal de ex-namorada rondar e tentar marcar território, esperando a hora certa de te banhar com cocô líquido;
- cheiro ruim e sujeira: não que eu tenha sentido, já que eu sou deficiente olfativa e tal, mas confio nos relatos. No zoo, até girafa fazendo cocô a gente viu. No airolG, virou uma mistura de fumaça de cigarro com fumaça da pista e suco de gente;
- a fila gigante pra 'casa do sangue frio': no zoo, a 'casa do sangue frio' é a casa das cobras. No airolG, a fila gigante era pro banheiro (aka 'fila da sopa'). Ou, pra ir mais além, a fila era pra entrar no lugar que, pelo menos naquele dia, lembrava um ninho de cobra.
- o fato de eu não ter idéia do que tava vendo: no zoo, elas me perguntavam os nomes dos bichos. Eu falava 'não tenho a menor idéia' o tempo inteiro. No airolG, igualzinho. Tão confusa, essa vida.
- eu achar graça em absolutamente tudo: no zoo, principalmente com os nomes dos bichos. Marreca-carolina, gazela de thompson, zebra damara e pingüim de magalhães foram os hits. No airolG, desde roupas e afetações até a precariedade do lugar e o quanto a gente não tava gostando.
- a anta comendo o peixe: no zoo, na saída. Nem era horário de almoço, a anta tava comendo o peixe só porque podia. A gente bem sabe. Não era questão de sobrevivência mas sim de poder. E num tem nada mais típico dessa vidinha de meu deus do que isso.
Pelo menos o zoo faz reciclagem de lixo. O que me leva ao outro assunto, mas no próximo post.
* era o lugar uó com gente uó e música uó que eu falei aqui, mas não quis dizer o nome.
4 comentários:
hahahahahahahahahaha!
o pingum em todos os lugares era bem oq vc falou mesmo..as irmãs rondando!
faltou macaquinho entregando flyer!
Eu achei essa sua comparação entre zoo e noite paulistana perfeita, hahahaha...
Mas o pior é que mesmo sabendo que a noite é um freaky zoo, eu não consigo me livrar dela e de todos os wannabe da vida. Pelo menos serve pra risadas, na falta de coisa melhor.
domingo, hein? vinho! \o/
Eu quero, eu quero!! Topo até o "airolG" pra sair com vocês. /o\
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