20.4.07

sweetheart, bitter heart, now i can't tell you apart

Estava eu em mais um evento da Semana de 22*, ontem. As pessoas de sempre, as conversas de sempre. Até começarmos com o assunto obrigatório, o dia da festa na mansão do Adam Kesher. Aquela que terminou com as pessoas seminuas na piscina, trêbadas e que iniciou a minha fase amante**. A história toda tá no blog antigo, mas isso é tudo que vocês precisam lembrar. Enfim. Estamos nós conversando sobre a tal da noite. A dona da mansão do Adam Kesher, a pessoa mais engraçada que eu conheço (mesmo me levando a ser amante...note que ela me leva a isso, eu não tenho livre arbítrio algum), levantou do sofá. Pronto, lá vem.

"Meu pai me contou que desceu pra dar bronca na gente, a bagunça tava demais. Ele falou que colocou o roupão - primeira vez na vida que usou o roupão que tem - e foi em direção à piscina. Tava pronto pra gritar quando uma menina de calcinha vermelha e blusa transparente apareceu na frente dele e ele pensou 'Ah, deixa as crianças se divertirem!'. Foi pro quarto, tirou o roupão, acordou a mulher e treparam até altas horas pensando na menina de calcinha vermelha."

Tipo. Ew.
Segundo. Eu até poderia mentir, falar que minha calcinha era preta. Mas eu fiquei tão vermelha que não tive como esconder. O pior é que eu nem lembro muito bem de ter cruzado com o cara, só lembro de ter entrado na mansão do Adam Kesher pra fazer xixi. O cara devia estar muito bêbado também, pra se animar com tão pouco. E legal porque ele sem querer me deu uma desculpa pra não virar namorada da menina. Se ela vier com nhenhenhem, eu posso falar "seu pai quer me comer, não rola. Imagina no natal". Isso ganha de creepy threesomes, já é declaradamente território edipiano.
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Mas amanhã eu pago todos os meus pecados. Vou levar minha vó no médico às sete da manhã. É a visão do inferno. Mesmo se eu narcolepticar nesse exato instante, eu só vou ter três horas e meia de sono. Mas eu não tô com quatro pinos no braço e nem tenho 76 anos, né.
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Novo podcast. Uma nova da Jenny Owen Youngs (com o começo de música mais fofo e gay que eu já ouvi), uma "nova" da Feist, Martha Wainwright com a melhor música do mês, uma de uma cantora fofa que eu descobri sem querer (Julie Doiron), Tanya Donelly e Cowboy Junkies, que são sempre necessários.
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Eu preciso parar de fazer novos marcadores, mas eu me divirto inventando essas coisas, é até mais legal que postar.


* minha mãe que fala assim. São as noites regadas a vinho, pães, queijos variados e com o maior índice de frases quotáveis por segundo.
** das 5 últimas pessoas que eu fiquei, todas estão namorando. E adivinhem. Não comigo. Buniiiito.

2 comentários:

Anônimo disse...

boa sorte. avó no medico. sinal da cruz.

Anônimo disse...

Ah, eu adorei essa história. Tem um "quê" de Contos Eróticos Light ou sei lá. Enfim, muito interessante.
Melhoras para sua avó... =)