24.6.08

o/~

Agora tô aqui. Tchau cocorosie e clausura emocional, olá pateticidade tylerana. E sempre é bom fugir desse povo que cai aqui procurando:



- emoticons fazendo coco
- fotos de mulheres cagando nas calças
- minha vó uma conquista incestos
- senas de sexo na sacada
- emoticon pegaeu
- trepando com o vozinho
- you be live me hi
- tirar gosto ruim da boca
- video de mãe e filha fudendo sem saber
- faultline your love means everything onde consigo essa música pelo amor de deus
- 30 minuntos de sexo vidios
- fotos de homens sendo segurado pelos colarinhos
- menina com calcinha transparente
- cenas de sexo explicito doente por porra totalmente free
- emoticon loira cabeçuda
- ezgirl baixar musicas
- em ingles can can't do dont don't
- quero ouvir as melhores musicas de bee gees
- mulheres usar strapon com mulheres
- emoticons de hahahahahahahaha
- emoticon clodovil
- porque meu pc trava em meia hora
- como achar videos travesti no pornotube
- meu vizinho não deixa montar andaime
- chelsea das visoes da raven pelada
- menina de calcinha
- netmax nao consigo fazer login
- marreca-carolina fotos
- suspensão guess
- fotos e videos inuteis de mulheres cagando
- [video]de latifa comendo coco e vomito
- gasparetto bicha
- fotos demulheres bebadas sendo fudidas
- bebe que a mao tava fechada com nome jesus ta voltando
- contos de incestos cheirando calcinha
- comprar hostia
- bermuda anticelulite vale a pena

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22.6.08

from the liquor stores to the train stop floors

E não é mesmo que vão lançar um livro sobre o Grind? E a gente achava que era papo furado de bêbado ambicioso. Só espero que não inclua a história de como eu dei pro autor o meu telefone errado. De qualquer forma, faz tanto tempo que eu ouço sobre isso que já vão precisar fazer um livro tipo high school reunion, cinco anos depois.
Bizarro como o tempo passa rápido.

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20.6.08

pumping someone else's blood

fico escrevendo no escuro
[só com a luz da tv]
e depois reclamo de dor de cabeça.

não provoque suas dores, elas
podem ficar para sempre



Porque às vezes, só encontrando as palavras em outros lugares mesmo.

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2.6.08

do you realize that everyone you know someday will die

"O seu irmão ficou na sala quatro", minha mãe disse hoje cedo. É o tipo de experiência que ninguém nunca quer ter, conhecer várias salas de velório de um cemitério. Sábado, quando ela me ligou no trabalho, eu sabia que era notícia ruim. Atendi o telefone com raiva e medo mas, né, não adiantou.
Meu vozinho fofo.
As coisas começaram a girar e o ar sumiu, fui sentar pra não dar vexame. É engraçado esse primeiro choque, nunca tinha sentido. O que me faz pensar no quanto de coisa que eu reprimi quando foi com o meu pai. Não sou screwed up à toa, né. Me mandaram pra casa, eu queria continuar no trabalho. Me abraçaram tão incrivelmente, o que só me fez amar mais aquele lugar. Voltei pra casa, sem saber direito o que tinha acontecido. Encontrei meu irmão e minha vó, ela com uma sacola com as roupas dele. Acho que nunca tive tanto cuidado com uma sacola na vida, como se ele estivesse ali dentro.
A partir daí, não me reconheci. Ajudar a escolher a roupa com a qual ele vai ser enterrado, ok. Levar RG no cemitério do Araçá, pra liberarem o corpo, ok. Ficar três horas no necrotério do hospital esperando o rabecão pegá-lo, ok. Reconhecer o corpo, ok. Possivelmente ter que vesti-lo caso o necrotério não o faça, ok.
Ok meu cu. Segurando bem a onda, mas cagando de medo, por dentro, de entrar num episódio de Six Feet Under. Mas nunca que eu deixaria a minha mãe ou a minha vó passar por isso. Prefiro ter um surto psicótico no necrotério a submetê-las a isso.
Meia-noite cheguei em casa, gelada. Me forcei a dormir, até sonhar com algo que eu não lembro, mas que foi o suficiente pra eu acordar com medo. Fazia muito tempo que não acordava assim. Não era angústia, era medo mesmo. De precisar cobrir a cabeça e tentar controlar o sonho. Me forcei a dormir porque eu sabia que o que seguiria seria uma experiência muito bizarra e que, se eu não dormisse, seria dez vezes mais bizarra. Levantei três horas depois de adormecer, parecendo que não tinha pregado o olho a noite toda.
E era aquele cemitério, né. Pai, irmão, vô paterno, todo mundo lá. Isso já basta pra deixar tudo bem esquisito*. Eu já tava preparada por tê-lo visto no necrotério na noite anterior. Minha mãe e minha vó ficaram péssimas, claro. Eu tentei não olhar muito. Minha vó ficou sozinha um tempo com ele. Me afastei, porque eu nunca quero saber o que é que se fala numa situação dessas pra quem você amou por 58 anos.
O povo foi chegando, muitos amigos do meu irmão. Aliás, muitos amigos do meu irmão ao longo do período todo, ligando muito. Ele contou pra todo mundo. Eu não consigo fazer isso, falei pra três pessoas só. Todos os amigos próximos dele foram. E eu comecei a me apaixonar por todo mundo. Fiquei prestando atenção no jeito que eles chegavam perto do caixão, do jeito que olhavam pro meu vô e tal. Algumas reações me emocionaram muito, mas até agora não chorei. Muitos familiares, gente que nunca vi antes. Me apaixonei por todos eles. Essa porra toda aí de amor é uma merda realmente poderosa, vai se fuder. Muitas pessoas que eu não via há anos, todas elas dizendo o quanto eu pareço mais madura**.
Dividi as tarefas com o meu irmão. Enquanto ele olhava a minha vó, eu olhava a minha mãe. Trocando o dia todo, dependendo da necessidade. Engraçado isso, participar do processo todo. Meu primeiro velório e meu primeiro enterro, por incrível que pareça***.
O fato é que. Minha mãe já perdeu marido, já perdeu filho, mas nunca perdeu pai. E eu já. Então tô tentando fazer o que eu posso, mesmo que a minha preocupação com ela dure só um segundo, até eu lembrar que ela é tipo uma força da natureza. Não tem nada mais desesperador que choro de mãe e pai.
E a minha vó, né. Que dificilmente vai se recuperar dessa, de tanta culpa que eu acho que ela tá sentindo. Porque ele realmente era um dos últimos caras bacanas desse mundo. 58 anos casado com a minha vó. Quem é capaz de um amor assim, só pode ser um dos meus mesmo. Vamos só ver como isso vai ficar.
Todo ano novo na praia era a mesma coisa. Onze e quinze, a gente ia pra praia a pé ver a queima de fogos. Só que ele pegava outro caminho, sozinho, porque passava mal (começo dos problemas do coração) e tinha vergonha de passar mal na nossa frente. E eu ficava aflita tentando encontrá-lo naquela muvuca, antes da meia-noite, pra passarmos todos juntos. Todas as vezes, consegui encontrá-lo antes. E quando eu o encontrava, era o melhor momento do ano velho e o melhor momento do ano que tava entrando.
Depois do derrame, ele mudou totalmente. Ficou mais brincalhão, menos tenso, aproveitando mais a vida mesmo. Praticamente uma criança levada. Reaprendeu a falar, a brincar e rir. Desde então a gente ficou mais próximo, rindo juntos de tudo. Ele sempre conversava comigo sobre assuntos que ele tinha certeza que eu amava. Falando de filmes que tinha gravado na televisão, ou sobre o celular novo que comprou e tinha rádio****, ou perguntando sempre sobre a única namorada minha que ele conheceu, ou sobre o meu trabalho (esse era o assunto atual favorito dele). Eu contava as coisas e só de ver a reação dele, já me valia as grosserias que eu enfrento todo dia.
Meu vô. Que tomou um chute meu na canela quando levou só o meu irmão pro campinho jogar futebol. Que me pediu pra fazer a sua barba, naqueles três meses que o acompanhei de perto no hospital ano passado. Que se recuperou de um coração literalmente partido. Que, desde que eu era pequena, me oferecia as bebidas que tava tomando. Pra eu 'molhar o bico'. Que sempre foi a primeira pessoa a recorrermos desde situações tipo videocassete quebrado até mãe que se quebrou na escada*****. Que não precisava, mas que ficou do lado do meu pai até quando não era esperado. Que, mesmo doente, não parava em casa e conhecia todo mundo no bairro em que trabalhava.
Chegamos do enterro às 16 horas e fizemos fondue de queijo, tomando vinho. Porque a vida tem que valer a pena, como ele ensinou a gente.
...
Essa porra toda de morte. Eu nunca entendi e nunca vou entender, pra mim é uma coisa bem absurda. Simplesmente parar de existir. Nunca mais encontrar, nunca mais conversar. Nunca.
...
Mas você sabe, né. From here to Birmingham, I got a few friends.



* estranho não, muito pelo contrário. Bem familiar.
** em velório todo mundo parece mais maduro, eu acho. Sei lá de onde vem isso.
*** eu sempre me achei meio que uma expert em morte, mas nunca lidei com isso de frente como dessa vez. Sem ninguém me proteger, mas protegendo. Tava na hora, né. Além de perdê-lo, eu sinto que perdi alguma outra coisa nisso tudo.
**** no hospital, ele ficava ouvindo o rádio do celular na maior animação.
***** e ela se quebrou bastante já. Uns três tombos na escada, mais algumas queimaduras. Ele ficou meio como o homem da família mesmo, depois que o meu pai morreu.

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25.5.08

oh baby, please, give a little respect to me

Tipo precisar fazer xixi na casa de alguém e não saber se pode dar a descarga. Procurar no lixo pra ver se o certo é jogar o papel ali ou se a descarga é potente o suficiente pra não te embaraçar e se recusar a sumir com o papel higiênico. Olhar pra ver se o hidrante parece remotamente confiável. Se não vai começar a vazar por todos os lados. Ou pior. Dar a descarga e não acontecer absolutamente nada.
Tipo dirigir carro dos outros e ter medo de engatar a quinta marcha por falta de familiaridade com o câmbio e sem querer engatar a ré a 100km/h, quebrando a testa no vidro. Tentar olhar o mapinha de marchas no câmbio, mas aquilo tá sempre desgastado o suficiente, sempre confunde. E aí, né. Forçar o motor e pagar de ridícula no meio da rua.
Tipo ouvir juntas o Erasure dizer 'i'm so in love with you' e ficar roxa de vergonha, tendo a certeza de que o mundo todo descobriu (inclusive ela, o que é pior que o mundo todo) e que você é a pessoa mais óbvia que existe.
É. Tipo isso.

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22.5.08

speak to me of your inner peace

Essa semana é a minha segunda preferida, do ano todo. Só perde pra do Tim Festival mesmo. Podem falar o que for da Parada, que avacalhou ou whatever. Mas descer a Consolação a pé, com aquele monte de gente, enquanto a tarde acaba infalivelmente maravilhosa*...só a Cat Power supera, cantando Patsy Cline na sua fuça e imitando a Piaf. Ir pra Paulista de metrô, vixe. Só PJ Harvey com the whores hustle and the hustlers whore, dizendo que nunca viu tantas carinhas felizes na vida.
Uma vez, ela me perguntou se eu me sentia representada pela Parada, já que só se vê o povo caricato. E, né. Só vou me sentir representada se eu for. Não que eu não seja uma caricatura, mas não vamos entrar na minha pateticidade agora.
Ainda sobre visibilidade e sobre a mídia, um vídeo que eu provavelmente já postei mas que é uma das coisas marrlindas do mundo. E não é só porque é da Jennifer Beals. Para aqueles que acham que a tal da 'cultura gay' é só fabricação do mundo capitalista. Claro que mostrar mulheres lindas e peladas dá dinheiro, mas é tão mais que isso. Ela explica melhor que eu. Get them, Dean Porter**!







* nunca vi fins de tarde tão bonitos em São Paulo quanto os da Parada. O friozinho vem de brinde.
** me lembrou isso, né. Sem o fingerfuck de depois, claro.

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18.5.08

old habits die hard when you got a sentimental heart

Só queria saber como é que eu ainda consigo ser remotamente romântica.
Só rindo mesmo.

edit: felizmente fui acometida por um ataque de bom senso e me parei a tempo. Acho que é bom sinal quando meu romantismo consegue ser pulverizado pela realidade. No mínimo eu tô sabendo quando é bom parar de fazer a íntima ridícula.
Mas que seria legal, ah, seria.

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13.5.08

tout ça m'est bien égal

Toda vez que eu reclamo do meu joelho podre, minha mãe sempre responde "é sinal de que você tem joelho". Essa sempre foi a resposta dela pras minhas manhas de dor. Pra me zoar mesmo. Mas, né, mãe é um bicho bem sábio. Se dói, é porque existe. E não tem nada mais reconfortante, seja joelho capenga ou coração capenga. Porque tão ali. E joelhos são importantes, não foram feitos só pra gente bater nos móveis ou ralar quando a gente é criança.
A verdade é que tô velha demais pra me fazer de Ice Queen e brincar de monumento do Ibirapuera. Acho engraçado o meu timing pra tentar ser remotamente saudável e não massacrante. Bem quando sai de moda. Isso aí de chamar pra sair quando dá vontade, tentar fazer tudo direito*, pensar com litruz de antecedência qual a melhor roupa, os amigos que combinam, o cd no carro, gostar do silêncio, o frio na barriga com a possibilidade de encontrar por acaso no meio da rua ou passar pelo bairro...tudo tão last summer quanto pulseira bate-enrola e tênis breaklight.
Idealizar, todo mundo idealiza. É absurdo achar que em algum momento da vida a gente se relaciona com os outros objetivamente. Ou pior, 'realisticamente'. É simplificar demais e tentar racionalizar o que não foi feito pra isso.
Ou, né. Eu me tornei muito mais desinteressante do que eu imaginava ser cabível pra uma vida só. O eternamente possível 'or maybe she's not that into you'.
De qualquer forma, o fim de semana do meu aniversário foi o melhor dos últimos tempos. Não quebrei a tradição de chorar em algum momento das comemorações. Aliás, criei um novo recorde pra choros em buatchy, agora são dois. Pelo menos dessa vez não saí espirrando materiais tóxicos (simbólicos, faz favor, mal aguento vodka) nos outros. Mas não me importo com essas coisas, foi incrível de bom mesmo. Minha mãe me ensinou direitinho. Joelhos são importantes, não foram feitos só pra gente bater nos móveis ou ralar quando a gente é criança.



* claro que isso é totalmente subjetivo. Pra minha nova cachorra, por exemplo. Ela acha que o rapport ideal é fazer xixi. Ela se anima e sai incontinando enquanto pula em quem chega. Jean Martin se empolgou quando a conheceu, achou que ia casar. Se ferrou. Tá dividindo a casinha com uma freak que tem tesão em golden shower. Eles realmente não se dão bem e ela vai ter que ir embora daqui. Mas funcionaria se ele tivesse frieira ou sofresse todo dia queimaduras de águas-vivas.

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29.4.08

ni le bien qu'on m'a fait, ni le mal

- quel conseil donneriez vous à une jeune fille?
- aimer.
- et à une femme?
- aimer.
- et à une enfant?
- aimer.


...

É triste mas é muito reconfortante saber que o meu coração consegue ser partido de novo. Só queria ter conseguido falar que ele tava envolvido na história toda.

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17.4.08

only the soft way has a chance of failing

camila diz:
tá, tô indo lá. fica aí então, ridícula, ciao.
bru diz:
tchau =*
bru diz:
e pára de comprar camiseta de banda.
bru diz:
chega.
bru diz:
vc já é mocinha.


Nada como um bom incentivo dos amigos antes de sair às compras de aniversário.

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11.4.08

speaking words, more a formality

Atualizando com os últimos números. Um par de óculos jogado no lixo (e três dias pra perceber isso); um queixo quebrado no monitor; um isqueiro de mulher semi-pelada achado em mesa de boteco (que a minha mãe obviamente já viu e não acreditou quando contei que achei por aí).

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10.4.08

sweet dreams till sunbeams find you

Saldo dos meus primeiros dez dias no novo cargo:

Quatro batidas de cabeça literais e importantes (uma delas até me acordou, a ponto de eu tentar ficar acordada com medo de concussão); três batidas de cabeça literais e menores (enquanto rio e vou pra trás e ao abrir portas); duas batidas de cabeça simbólicas (uma dada em mim, outra dada por mim); três outras batidas literais espalhadas pelo corpo (obviamente me deixando roxa e fazendo o médico que me demitiu-readmitiu questionar se tô usando drogas ou apanhando do meu namorado. Fiz com que ele pensasse que era a última hipótese mas tava pronta pra xixar no potinho); aproximadamente seis horas de sono por noite; quatro madrugadas no pântano (sendo que, dessas quatro, em duas perdi a dignidade. E isso não envolve bebedeira da minha parte*. Aliás, foram as duas ocasiões em que eu bati a cabeça simbolicamente. É que o teto de lá é muito baixo); cinco virgula trinta e três três três três barra pessoas catapultadas da minha vida (finalmente, quatro virgula trinta e três três três três barra não foram minha culpa, meu melhor índice. Mas a outra foi total minha culpa e eu tô me segurando pra não fazer a loka e jogar pra mais longe. Difícil, como tudo nessa situação. Não tem como alguém sair ganhando nisso. Definitivamente gostaria de ser mais inteligente e interessante. E até mais egoísta, perhaps. Tá, já deu vergonha, parei); dez sonhos com o trabalho (uns quatro ou cinco desses envolvendo algum esporte e alguma celebridade rolando ribanceira); ligar a tevê três vezes (de prestar atenção. Os dois sarah silverman que pude ver e a estréia da quarta de tlw na warner. Tá, e capadócia que eu não admito por aí); três elogios específicos da minha chefe (e um outro de uma pessoa, também do trabalho, que não precisava lembrar de mim mas que até me chamou de querida. Fez meu dia); uma febre de 38,5 que me acompanha nos últimos três dias; pelo menos três pessoas que me odeiam simplesmente pelo fato de eu existir (tô abismada com a minha incapacidade de odiar ultimamente, até a febre tô achando bom); dois copos roubados; um avô doente de novo (tá, isso eu odeio muito); três vezes uma mesma história se repetindo (não comigo, isso é o bom de ter sufrido horrores), poder olhar e agradecer aos céus por não cair nessa de novo; oito noites de arroz com feijão (ótima hora em que eu comecei a comer isso daí); um momento de frustração intensa e, conseqüentemente, de intensa necessidade de me proteger; dezessete dias pro meu aniversário; quinze vezes Amy Winehouse (a melhor música de todas, pra me quebrar), oito vezes Diana Krall e cinco vezes Air no meu trabalho; uma cuspida de mendiga em mim (não sei se era a idéia me acertar, mas olhei tão feio pra mulher que ela acabou me xingando. Quase vomitei na rua); uma mãe puta comigo**; e uma completa confusão.
E tô feliz, né. Até que o inferno astral kicks in e eu teste isso de não odiar nada.






* o que já faz um bom tempo que não acontece. Era tudo tão mais simples antes, shrinking myself til i'm underground and living down. Minha casa agora tem pouco tapete, nem dá mais pra varrer muita coisa pra debaixo dele.
** ela: dorme que cê tá doente. Assim cê me preocupa, merda de menina.
eu: Tô bem, mãe, juro. Pode dormir direita.
ela: Quer que apague a luz do quarto?
eu: NÃO! Se você apagar, eu vou começar a ver manchas no escuro.
ela: VAMO PRO MÉDICO AGORA.
eu: pegael.

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3.4.08

touch me, babe! can't you see that i am not afraid?

LOLLost e LOL-word.
Eu me pergunto pra onde é que ia tanta criatividade antes de existir internet.

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1.4.08

and walk on by (don't stop)

Geekação, pode ignorar.
Jeeeeeeeeeeeeenny, como eu te amo. É sério. Desde o começo. Mas assim, maluca de pedra e adolescente feliz, é irresistível. Começou a temporada na maior egotrip, que foi enfraquecendo conforme ela foi se apaixonando pela Nikki. O que pode ser considerada uma egotrip também porque a Nikki é a Jesse e etc. Não gostava da Nikki, mas ela fazia a Jenny feliz. Com ela, a Jenny pôde experimentar o lado leve e fofo de se apaixonar. Sabe lá deus se a coitada já teve isso na vida. Com o Tim, era uma coisa arroz com feijão; com a Marinabot, era possessão demoníaca; com o Gene, era mais amor pelas manatees; com a Robin, sei lá o que era, de tão rápido que foi; com a Carmen, foi frustração e traição; com o Max, foi muita curiosidade; com a Claude, foi a Elodie Bouchez +_+. Sempre se fudendo/eviscerando/evanescendo. Tava na hora, mesmo que tenha sido com alguém totalmente despreparado. Depois de Liquid Heat/Lifecycle*, deu pra perceber que acabaria em merda, inclusive envolvendo a Shane. É caxa, mas fiquei emocionada quando ela voltou a ser amiga da Tina. Me fez lembrar a primeira temporada, quando a Tina tentou se aproximar e introduzir a Jenny em WeHo. A Kirshner sempre incrível, seja com drama ou comédia. Marry me.
Da Adele eu gostava muito até a tal da revelação. Péssimo. Mal explicado, mal feito (Betty de trilha sonora, oohhh, film noir, ohhhh, clever), superficial. Mais uma que quebrou o coração da Jenny. Maldita.
A Molly é incrível, assumidamente confusa mas tão mais madura que a Shane. Apesar de que eu acho forçado, depois de cinco anos, eles repetirem a mesma história pra Shane e ela não aprender nada. Quer dizer, aprende a fazer merdas maiores ainda. Fudeu com a Jenny e eu quero muito ver no que vai dar. Espero que não dê em She.nny.
A Tina foi muito mais capaz que a Shane de lidar com a dor da Jenny quando a Nikki não se demitiu. E, a julgar pelo sexo na sacada, muito mais verdadeira também. A Tina pra mim ganharia medalhinha nessa temporada. Acho que ela era assim antes de parar a própria vida pra ter filho. Mas mais sobre isso mais tarde. Uma pena que a Laurel, mesmo nunca tendo estado tão bonita, tá apelando pro método de 'vamos usar as mãos pra demonstrar frus.tra.ção'. Mas às vezes eu acho bacana onde ela coloca as mãos.
Medalhinha de 'least improved' ou até 'minhafilhaquecêtápensando' pra Alice. Primeiro. Por que não a processaram pelas fotos da festa (que ficaram ótimas)? Segundo. Não fale que vai ficar do lado da sua namorada quando na verdade você não vai. Quando, na verdade, você vai na tv tirar meio mundo do armário. Armário me irrita, a Tasha no armário e querer continuar no exército me irritou bastante, mas a completa falta de noção da Alice me irritou profundamente. Ela não merece a Melanie Lynskey**. Muito fofa a Tasha aproveitando 6 horas da tarde, mas logo vi que ia dar em alcoolismo/síndrome de Keith Charles. De qualquer forma, nunca achei que as duas combinassem. Não existe ninguém sem bagagem, mas as bagagens delas não combinam.
O don't ask, don't tell foi tão anticlimático quanto a Adele. É um assunto que me interessa horrores, assim como a história do Max e a possibilidade de a Bette namorar uma surda. E esses três assuntos foram tão pessimamente aproveitados que dá até raiva.
Max e Tom. My eyes pro tamanho do short do Tom num episódio aí. Quem usa isso ainda? Pelo menos equilibraram isso com o sexo surpreendentemente hot entre eles. O poder de um blackout, minha gente.
As coitadas da vez foram a Kit, a Helena, a Papi (who?) e quaaaase a Angelica. Pelo menos a Kit pôde ser engraçada com a Denbo, mas a história da arma foi a mais patética ever. Mais que Angus, mais que 'i got menopause'. Quase um 'i got manslaughter'. E quem larga numa lixeira em LA uma arma carregada e registrada? Té parece que num aprendeu nada na cadeia.
Helena, my english muffin, presa num cubículo com o Dhalsim. Demorou mas voltou, fazendo a áurea pra Cindi Annabelle Tucker. That's my alpha.
Angelica quase tomou na fuça, que horror. Mas é a única atriz que improvisa melhor que a Kirshner. Querendo tocar a buzina, chamando a Mamma B de Mamma Bumblebee. Quando a Pam tava chorando com ela, na cena da arma, ela ficou batendo nas costas da Pam dizendo que era só brincadeira. Olivia, seja adulta logo pra marry me.
Não gostava da Jodi, começando pelo surto por causa de uma toalha de mesa (que rendeu a cena mais involuntariamente hilária da temporada, uma coisa Batman e Robin). Depois comecei a ter dó porque ela deveria ter percebido o que tava óbvio. Nem ela merece traição. Por mais que eu ache que a questão com a Bette não era qualquer traição, acaba sendo traição do ponto de vista da Jodi. E se você vê a sua atual e a ex dela se olhando assim...corre.
A Bette aprendeu a ser menos confrontadora (existe?) e egoísta por causa da Jodi. Tipo até meio castrada. Mas pra mim foi mais uma coisa de lutar pra se comunicar e encontrar um equilíbrio entre a Bette SuperAlpha que cata homens pelo colarinho e joga telefones na parede, como na primeira/segunda temporada, e a Bette que engoliu tudo quieta até o final da terceira temporada. A Jodi nunca foi nurturing como a Tina, a Bette precisava experimentar algo diferente pra dar valor e entender como ela mesma funciona. Parece que no fim do relacionamento com a Jodi, ela percebeu que ninguém salva ninguém mesmo. Ela lutou tanto pra fazer funcionar a ponto de eu parar e tentar entender de onde veio tanto 'amor' pela Jodi de repente. Não acho que era amor. Acho que a Bette tava querendo ser salva, depois de se fuder tão lindamente com a Tina. Mas, né. A gente tem que se salvar. Por mais que ela tenha insistido com a Jodi, ela própria teve que processar as suas coisas, lidar com as suas limitações no final. You'll be the one who'll break your heart, my dear.
Nunca achei que a Bette é viciada em traição ou whatever. Com a Candace, a Bette tava sob muita pressão (provocations, aborto da Tina e etc). Eu imagino que a relação da Bette e da Tina tenha entrado em desequilíbrio quando a Tina parou de trabalhar. A Bette super alphou e a Tina super pendurou e dependeu. É tipos emocionante ver como o equilíbrio parece ter voltado. A Tina não sendo passivo-agressiva nem cuidando da Bette ao ponto de se anular; a Bette conseguindo se expressar sem esmagar completamente a Tina.
E aquele beijo, hein. Não foi beijo, foi um tombo. You try to fight gravity. A Bette querendo mais nos episódios seguintes, mas com medo***, e a Tina com medo também. Até os 45 do segundo tempo (aka 'fogueira da morte') eu não sabia se a Tina pensava o mesmo que a Bette em termos de futuro. É uma merda que só a Bette seja a protagonista, a gente sempre tem mais ou menos idéia do que ela tá pensando****. E o ponto de vista da Tina? Mostraram uma vez a casa dela. Deve ter sido criada por lobos.
Acho que um dos grandes motivos pelos quais elas chegaram a esse ponto foi o filme da Jenny. As duas conseguiram olhar com um certo distanciamento e até bom humor pra relação que tinham e ver o que deu errado. O elevador do rpg e do sexo também foi importante: a Bette reconhecendo que destrói as coisas quando tá tudo certo; a Tina assumindo a culpa pela terceira temporada e depois com medo de que a Bette só a queira por ser um affair******. E aí eu vejo o porquê de eu gostar tanto. A minha percepção das duas é sempre bem afiada. A Bette falou duas coisas que eu sempre pensei a respeito delas de um modo geral: It doesn't really compare e It feels like i'm coming home. As duas querendo, finalmente, ir pra casa com a Angelica e a Tina consolando a Bette pela apresentação da Jodi***** são cenas que eu sempre esperei, desde que a Tina anunciou que tava ovulando, no primeiro episódio da primeira temporada.
Só fico impressionada pela Ailin ter se segurado e não ter arruinado tudo. Por enquanto. Ela me lê. Gosta de me irritar e depois, de me reconquistar. Muitas cenas em grupo, que eu amo. Festa dos brownies gays, fogueira da morte, cadeia com a Helena, aula de auto-defesa, algum grande evento em quase todo episódio. Duas cenas de sexo Tibette incríveis, a primeira delas******* remetendo à primeira temporada pela música (Joan Armatrading), a segunda (AO SOM DE FEIST) pelo jeito que foi filmada e pela frase que cortaram no sexo do piloto (i missed you). Aí me botam Bonde do rolê, Betty e a trilha sonora original da ez pra estragar outras cenas. Depois aparece a Melanie Lynskey e eu volto a amar todo mundo (incluindo o Max).
Belena! James!
Gah.




* Liquid Heat foi tipo Touched de Buffy: todo mundo trepando porque sabe que, em seguida, vai ter sangue e morte e dor. Everything is perfect now meuku, a Ailin é da escola do Joss.
** ela tá me cheirando a Kate dessa temporada. Chega, desestrutura o casal e nunca mais aparece. Infelizmente, porque dá vontade de comer a Melanie com uma colher. No bom sentido.
*** ninguém consegue demonstrar medo, curiosidade, desejo, extremo pavor e atração como a Beals. A cara de medo dela quando a Tina resolve aparecer, depois da festa do brownie.... Aliás, o fim da festa do brownie foi cruel. A Bette quase stendhalizando quando vê a Tina no sofá. É isso que eu acho, que ela tá sempre a ponto de stendhalizar quando a Tina aparece. The act of...looking. Olhar e reolhar e olhar e olhar a mesma pessoa por anos, e ficar tão besta com a beleza a ponto de desmaiar.
**** aquele 'i love you' de costas mostra bem isso.
***** que coisa mais ridícula. Dá pra entender que a Bette mereça isso tudo, mas, se a Molly é mais madura que uma artista de quarenta e poucos anos, alguma coisa tá errada. Eu não achei que a Bette ia conseguir deixar de ser covarde e ser direta com a Jodi. Achei que ia amarelar mesmo, tanta aflição que eu passei com isso. De qualquer forma, como a Jodi fez remix, sendo surda? Ela tinha câmeras espalhadas pela casa, tipo o Mark? Eles são parentes? A Jodi voltou pra dar uma lição em todo mundo?
****** coisa mais linda a Bette interrompendo a Tina com aquele 'i love you' que tava engasgadíssimo. Eu sou tão besta.
******* burning down the house.

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28.3.08

and don’t get me wrong, dear, in general I’m doing quite fine

Novidade comigo é assim: alguma parte do meu corpo sempre sai perdendo. Se eu tô roxa, é sinal de novidade na minha vida. Me atrapalho tanto com novidade ao ponto da pateticidade. Fui pegar uma coisa no chão do meu quarto e quebrei a testa no móvel. Eu levo a sério isso de Kitty Pride. Enfim, se fosse há uns 6 meses, eu teria caído. Mas tava atrasada pro trabalho, não podia me dar ao luxo de convulsionar no chão, babando desesperadamente suplicando por alguém (que não chegaria, claro) pra segurar minha língua.
Só espero, daqui 3 meses, ter pelo menos meio olho bom, alguns dedos e as duas pernas.

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14.3.08

just take my hand and lead me where you will

Tô há séculos pra dizer que essa é a coisa que mais faz sentido nos últimos tempos. Finalmente resolveram inovar nessas porcarias de programas de dancinha e botaram uma atriz surda pra competir. Tô falando muito sério. Botar uma surda pra competir no Dancing with the stars, meldels. E não é qualquer surda, é a Marlee*. Eu sou fascinada por ela. Tô numas de até querer aprender a linguagem de sinais. Até agora eu sei dizer algumas coisas básicas em sinais, tipo 'comunicação', 'trabalhar', 'bem', 'obrigada', 'ficção' e 'foder'. Bette Porter também é cultura.



* a Jodi é uó, mas isso é assunto pra outro post.
** a Marlee ahazol dançando Jackson's Five. Dançou melhor que a Tina. Laurel, aprende. A Marlee vai te ensinar a dançar e você a ensina a beijar a Beals sem parecer uma carpa.

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13.3.08

hey, remember that other time when you od'ed for the second time?

Caralhofudeu (perdão! :P).
Aceitei a promoção, depois de um mês e meio. Acordei totalmente meio suicida*. Por favor, não tomem nenhuma decisão num dia assim. Porque a coisa passa e sobra só o medo**.
Naomiwatts que estais no céu, me potreje.



* cansada de me acomodar, na verdade. Tô meio querendo dar uns tapas nisso aí de ter medo. Vê se eu posso com uma coisa dessas. Eu e coragem nos damos tão bem quanto sobriedade e comanda perdida por desconhecidos, Jenny e Tina, Rafinha e Marcelo, orkut e blogspot, windows vista e o resto do mundo.
** ouvir da minha chefe que eu sou o braço direito do meu departamento só num foi melhor que a cara dela quando eu disse que aceitaria a proposta. Bem na hora que a gente perde a fé na humanidade.

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12.3.08

but none of them were home inside their catacomb

Tô meio atrasada, mas né, história da minha vida. Enfim, a melhor letra do mês, junto com That time. Ô Regina. Num basta parecer fisicamente filha da Fiona com a Tori, é? Tem que ser boa também?
E doce é bão, né?




this is how it works
you're young until you're not
you love until you don't
you try until you can't
you laugh until you cry
you cry until you laugh
and everyone must breathe
until their dying breath

no, this is how it works
you peer inside yourself
you take the things you like
and try to love the things you took
and then you take that love you made
and stick it into some
someone else's heart
pumping someone else's blood
and walking arm in arm
you hope it don't get harmed
but even if it does
you'll just do it all again

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8.3.08

i knew it!

Pena que não foi com a Faith.

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5.3.08

give me naked flesh that's never cold

Preciso ganhar mais dinheiro, pra poder dar lembrancinha pra todo mundo que gosta de mim. Tipo lembrancinha de aniversário infantil mesmo. Com dadinho, iô iô cream, dip n lik, língua de sogra e talvez uma mini absolut. Porque é tão difícil e tão trabalhoso. Não que doces e brinquedos que quebram no primeiro minuto de uso ajudam a aliviar o peso, a complicação e a chatice das minhas exigências e neuroses. Mas, né. Doce é bão.

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1.3.08

i'm the last kid standing up against the wall

Assim seria o The Kills se a VV tivesse crescido loira* e se o Hotel fosse, well, atraente.



* sim, é preconceito, mas eu sou loira, posso falar.

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