sweet dreams till sunbeams find you
Saldo dos meus primeiros dez dias no novo cargo:
Quatro batidas de cabeça literais e importantes (uma delas até me acordou, a ponto de eu tentar ficar acordada com medo de concussão); três batidas de cabeça literais e menores (enquanto rio e vou pra trás e ao abrir portas); duas batidas de cabeça simbólicas (uma dada em mim, outra dada por mim); três outras batidas literais espalhadas pelo corpo (obviamente me deixando roxa e fazendo o médico que me demitiu-readmitiu questionar se tô usando drogas ou apanhando do meu namorado. Fiz com que ele pensasse que era a última hipótese mas tava pronta pra xixar no potinho); aproximadamente seis horas de sono por noite; quatro madrugadas no pântano (sendo que, dessas quatro, em duas perdi a dignidade. E isso não envolve bebedeira da minha parte*. Aliás, foram as duas ocasiões em que eu bati a cabeça simbolicamente. É que o teto de lá é muito baixo); cinco virgula trinta e três três três três barra pessoas catapultadas da minha vida (finalmente, quatro virgula trinta e três três três três barra não foram minha culpa, meu melhor índice. Mas a outra foi total minha culpa e eu tô me segurando pra não fazer a loka e jogar pra mais longe. Difícil, como tudo nessa situação. Não tem como alguém sair ganhando nisso. Definitivamente gostaria de ser mais inteligente e interessante. E até mais egoísta, perhaps. Tá, já deu vergonha, parei); dez sonhos com o trabalho (uns quatro ou cinco desses envolvendo algum esporte e alguma celebridade rolando ribanceira); ligar a tevê três vezes (de prestar atenção. Os dois sarah silverman que pude ver e a estréia da quarta de tlw na warner. Tá, e capadócia que eu não admito por aí); três elogios específicos da minha chefe (e um outro de uma pessoa, também do trabalho, que não precisava lembrar de mim mas que até me chamou de querida. Fez meu dia); uma febre de 38,5 que me acompanha nos últimos três dias; pelo menos três pessoas que me odeiam simplesmente pelo fato de eu existir (tô abismada com a minha incapacidade de odiar ultimamente, até a febre tô achando bom); dois copos roubados; um avô doente de novo (tá, isso eu odeio muito); três vezes uma mesma história se repetindo (não comigo, isso é o bom de ter sufrido horrores), poder olhar e agradecer aos céus por não cair nessa de novo; oito noites de arroz com feijão (ótima hora em que eu comecei a comer isso daí); um momento de frustração intensa e, conseqüentemente, de intensa necessidade de me proteger; dezessete dias pro meu aniversário; quinze vezes Amy Winehouse (a melhor música de todas, pra me quebrar), oito vezes Diana Krall e cinco vezes Air no meu trabalho; uma cuspida de mendiga em mim (não sei se era a idéia me acertar, mas olhei tão feio pra mulher que ela acabou me xingando. Quase vomitei na rua); uma mãe puta comigo**; e uma completa confusão.
E tô feliz, né. Até que o inferno astral kicks in e eu teste isso de não odiar nada.
* o que já faz um bom tempo que não acontece. Era tudo tão mais simples antes, shrinking myself til i'm underground and living down. Minha casa agora tem pouco tapete, nem dá mais pra varrer muita coisa pra debaixo dele.
** ela: dorme que cê tá doente. Assim cê me preocupa, merda de menina.
eu: Tô bem, mãe, juro. Pode dormir direita.
ela: Quer que apague a luz do quarto?
eu: NÃO! Se você apagar, eu vou começar a ver manchas no escuro.
ela: VAMO PRO MÉDICO AGORA.
eu: pegael.
Um comentário:
vixe. c sabe, né? q vai ter q traduzir tudo pra mim.
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