29.11.07

you’re gonna keep my soul, it was yours to have long ago

Ela não gosta de aniversário, então eu posto depois. Eu bem acho que ela se matou no orkut por causa disso, conheço a pessoa. Conheço há 6 anos, minha primeira amiguinha virtual. No começo, eu era a assistência técnica dela. O tempo passou e eu comecei a faltar na faculdade só pra alongar o papo. Porque ela é danada, quando começa a falar besteira, fica difícil parar. E eu odeio besteira, né?
É a Dana da minha Alice. Aquela que nem precisa falar quando eu tô borrando*. Aquela que, se eu achar que tô ficando louca ou que mudei demais, vai me encontrar, me olhar e me dar a certeza que o meu coração tá no lugar certo. Que topa minhas saídas furadas e que tem as melhores idéias do mundo. Que se faz de besta como ninguém quando é pra zoar quem merece (adoro!). Que me deu um dos melhores presentes de dia dos namorados ever, quando nós duas éramos duas solteiras largadas pela vida e comemorávamos o dia vendo Thelma and Louise**. Que parece séria, mas é palhaça das mais inteligentes. Feliz aniversário, piniquita amada. Quero quebrar seus ossinhos em breve.
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Eu acordo zonza, me jogo no chuveiro com raiva, olho pela janela do banheiro. E a relação ódio-amor para com a minha felicidade começa. Céu azulzinho, mais azul que o de Coeur d'Coeurs. Fico feliz. Fico triste por ter ficado feliz, de tão patético que é***. Aí lembro quando/por que/onde vi um céu tão azul assim e refaço a escala de pateticidade. Sabe aquele estado de mais completa tranqüilidade? Eu nem consigo dizer o quanto é bom me ver livre de todo aquele desespero. É muito engraçado. De repente tenho litruz de paciência, cashas d'água de confiança nesse mundo de meu deus, no que eu faço e no que já fiz. Tudo ilusório, claro. Esse carregamento aí veio do além, inventei tudo. Carregamento trazido por trem fantasma. Se alguém vir meu cérebro dando sopa, por favor devolve. Pago bem. Ele tá fazendo muita falta.
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Todo mundo pronto pra ver e ouvir a Diana Krall cantando rouquinho no parque, enquanto tomamos espumante e comemos brie sobre uma toalha xadrez? Já mandaram os trajes em tons pastéis pra lavanderia? O meu longo tá pronto já.
Catarei perdidos no metrô, se alguém precisar de carona. A mulher vai vir sussurrar aqui no meu bairro, olha que sorte.



* faz tempo que eu não borro, né? Dá até saudade.
** retomei a tradição esse ano, claro. No desenho, ela é a cheerleader e eu, a que tá adorando o barranco. O que me lembra Kundera, né.
*** que porra é essa? Pelamordaxuxa. Alguém anda botando lsd no meu toddynho de toda manhã.

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26.11.07

one gonna hold my parts and another gonna hold my bones

Você sabe que tá fudido quando o seu maior ato sado-masoquista é ir no Outback comer batata com cheddar e molho super apimentado e aliviar o ardido com frozen margarita. E apimentar o geladinho com molho apimentado. E aliviar o ardido com frozen margarita. E apimentar o geladinho com molho apimentado. Até não aguentar mais. Até acabar a bebida, a comida e vir pra casa dormir quentinho.
Patética.

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25.11.07

i'd become smoke and hide in your cigarette pack

Sabe aquela sua amiga que adora Ana Carolina e diz que é pelo Seu Jorge? Que fica toda se esfregando na amiga quando bebe na buatchy? Que assiste The L Word só pra saber 'como tá aquela atriz de flashdance'? Que gosta do John Cusack*? E aquele seu amigo que vive contando quantas meninas pegou e de que jeito pegou? Que fica batendo nos outros meninos, pulando em cima? Que acha que se tá bêbado, não conta?
Então. Eu sou pior que eles. Todos eles. Combinados. Porque eu sou enrustida emocionalmente. What would Jaye Tyler do?


* eu acho que ninguém gosta dele por ele mesmo. Pra mim, quem diz que gosta dele é porque gosta da Angelina Jolie, da Catherine Keener, da Minnie Driver. E tem toda a semelhança dele com a k.d. lang, né. Mas what do i know.

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21.11.07

my desire deeply harnessed in your spine

Eu tinha esquecido como é conviver intensamente com mulher. E já nem quero mais, cansei. Como eu sou só um pouco histérica de conversão, já tava até pegando os sintomas da tpm da menina que trabalha comigo. Foi gravidez tpm psicológica.
Aí no feriado, festa no inferno. Que tava incrível, pra me deixar confusa. Porque às vezes é bem boa, às vezes é um cocô que a gente não consegue aproveitar nem estando bêbada*. Enfim. Esse mês foi boa. E as meninas tavam enlouquecidas, nunca vi isso. Deve ser hormonal mesmo. Porque tavam tudo se batendo, jogando água, cerveja, dando garrafada na cabeça. Na brincadeira, não barracalmente. Tentaram me dar um cuecão na pista e abrir minha camisa**. Eu tô falando muito sério, foi um esquema tocaia. Só por diversão, porque não tem nada de especial na minha cueca (ui) nem na camisa. Tão classudo, eu achei. Bem sétima bê***. A parede quase abriu a minha cabeça, tô com galo. E gente dançando em mesa. Tirando par ou ímpar pra ver quem pega quem. E é engraçado que só mulher pode se comportar assim, se fosse homem já teriam colocado pra fora. Sem contar que, se dois homens tirassem par ou ímpar pra ver qual ficaria comigo, eu ia achar o cúmulo do machismo e bateria nos dois. Aí iam chamar a minha mãe pra dar bronca.
As organizadoras da festa precisam fazer uma enquete sobre o ciclo hormonal das freqüentadoras antes de estabelecer uma data. Tô precisando muito sair com meus amigos homens.
...
Tava com dó de postar e descer o post anterior. Que saco.



* quando eu faço propaganda da festa, é um cocô. Quando eu fico quieta, toca tudo aquilo que eu amo e falo pra todo mundo.
** a minha sorte é que tinha um alfinetinho salvador.
*** a única vez que a minha mãe foi chamada na escola foi quando eu tava na quarta série. Eu tinha batido horrores num menino que tinha apertado a minha bunda. Eu já contei isso, acho. Talvez minha dificuldade em aceitar a minha heterossexualidade tenha a ver com outra história, que eu já devo ter contado aqui. Meu par na festa junina faltou, eu era a noiva. Largada no altar. Aí tive que ser a mulher do padre. Tipo a filha da puta, né. Na verdade, deve ser a raíz de todos os meus problemas em relacionamentos, gays ou heteros. Ser largada no altar. A gente não se recupera disso. Marco Antônio, o nome da bicha que arruinou todas as minhas chances de ser saudável. Um dia preciso contar direito sobre as minhas investidas heterossexuais falidas, é tão patético. Não que as gays sejam menos patéticas e falidas, oi.

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19.11.07

oi, meu nome é josé e eu sou padeiro

Aí que eu fiquei sabendo que post feliz é uó. Ninguém me avisou. Então tô há meia hora tentando achar alguma reclamação sobre os últimos 3 dias, mas não encontrei muita coisa*.
Uma merda isso de aquecimento global, daqui 100 anos não vai ter mais nada. Uma merda todo dia não ser como ontem (apesar de que todo mundo morreria de cirrose). Uma merda gente fofa e querida morar longe. Uma bosta, isso. Um cocô conhecer ao vivo** pessoas fofas e queridas enquanto tô ressacada, com tríplices olheiras e tremedeira. Uma grande bosta não conviver mais com todos eles. Diarreico isso de ter hora pra acabar. Um cu essa coisa de ser quase anual a ida ao Charm. Tão despropositado quem vem oferecer degustação de pão integral quando tô tomando vodka pura. Uma bosta ouvir cobrança de quens nem têm direito de fazer isso. Mentira, nem é uma bosta, alimenta o ego. Ódio profundo de não ter mais fôlego pra rir e acordar dolorida de tanto gargalhar. Outra mentira, tão bom rir assim descontroladamente.
Ódio de gente fofa!
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A verdade é que foi o melhor domingo dos últimos tempos. Não sei onde a gente vai parar com os findies, quando eu acho que tá incrível só melhora. De não dar vontade de me despedir das pessoas mesmo. É patético mas quando cheguei em casa, tava completamente desperta, como se estivesse pronta pra sair correndo. Não sei como eu consegui dormir, não queria que o dia acabasse. Incrível desde o começo, quando o moço nórdico fez o príncipe encantado e me pegou em casa. Fofocar sobre a noite anterior, involuntariamente manter a fama que eu injustamente tenho. Beber cerveja, ir chegando gente fofa. E não parar de chegar gente fofa. E não ter combinado nada. E conhecer gente que eu morria de vontade de conhecer. E não saber pra que lado olhar, de tanta gente incrível em volta. E falar de mulher e filmes gays com ela. E piada-internar com ela. E, ew, beber cerveja.
Saber que existem pessoas com as quais eu, justo eu, consigo sentar num boteco qualquer e conversar por horas e horas e horas seguidas totalmente à vontade, sem esgotar assunto e nem ficar esquisito...me deixa extremamente mimada. Porque nunca é tão interessante com as outras pessoas. E aí eu fico assim, sem conseguir dormir. Pateticamente insone. Mas fazia tempo que eu não tinha insônia feliz***, então pegael. Vigésima nuvem mesmo.
E em 2008, vamo derreter essa porra.
Brinks.
...
Tava com vergonha de ser a primeira a postar. Eu ando bem envergonhada.


* claro que isso significa que já já a merda atinge o ventilador e pronto, fudeu. Me deixem aproveitar o momento.
** só nerd fala isso. "Conhecer ao vivo".
*** sempre achei que gente feliz deve ser extremamente superficial ou muito burra. Tô me sentindo as duas coisas, mais que o normal.

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18.11.07

keep on fighting to remember that nothing is lost in the end

Oversharing. A lot. Então eu só queria registrar que o mundo não aguentaria se ela morasse em São Paulo. Eu ia acabar ganhando na megasena e esse não é o meu destino.
Finalmente ser nerd no meio de gente descolada acabou me compensando. Tem gente que valoriza, né. Daddy jesus, help me. Here we go again.

edit: claro que eu não ter ido parar na delegacia ou no hospital foi um milagre on itself.

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16.11.07

weeping willow, won't you wallow louder, searching for my father's power

O ruim de ir trabalhar de ônibus é ter que sair de casa com a maior antecedência do mundo. Às vezes chego em cima da hora, outras vezes chego uma hora e pouco antes. Mas é bom porque tem sempre com o que enrolar naquela região.
Hoje entrei no cemitério da consolação. Tava aquele frio incrível e eu tinha uns 20 minutos pra enrolar. A última vez que entrei em cemitério não foi por livre e espontânea vontade. Mas enfim, dez e pouco da manhã e eu tava lá, com um monte de velhinhos. E aí eu fiquei tentando entender se tinha relação entre a data de falecimento e a quantidade de flores no túmulo. Tipo a gente tende a pensar que o túmulo que bomba de flores e é super bem cuidado é de alguém que morreu recentemente. Mas nem é. Então fica tudo pior porque eu imagino aquelas pessoas que vão lá com freqüência cuidar* e tentar embelezar a coisa. E como isso se transforma num ritual mesmo.
Eu nunca fui 'visitar' o meu pai no cemitério. Porque eu nunca achei que ele tava lá, então não faz sentido e tal. Mas foi esquisito quando fui, recentemente, pra cuidar de questões administrativas. Me senti meio culpada por não lembrar direito como era. Tipo um 'nossa, tanta coisa aconteceu na minha vida desde que eu vim aqui pela última vez. E ele não saiu daqui'.
Duh.
E eu me pergunto o que é que as pessoas querem quando deixam vasos e flores e tudo aquilo. Cada um deve ter seu motivo, i guess. Aí piora mais ainda quando eu vejo uns vasos caídos, fico querendo levantar todos e deixar em ordem. Mas eu lembro que não tenho como fazer isso, mal dou conta das minhas coisas. Já é um esforço tremendo eu não sair de casa com a lingerie por cima da roupa. Fico meio angustiada e faço uma nota mental. Se eu ganhar na megasena, meu segundo emprego** vai ser levantadora de vasinho de cemitério.
Quase indo embora but not quite, vi um túmulo com um tipo jesus em cima, em tamanho real, deitado tipo morto. E um cara tipo não famoso (acho, não entendo dessas coisas da fama bíblica) do lado, sufrendo ajoelhado. Caguei no maiô de medo e saí correndo, nem conseguia olhar mais pra trás. Com certeza vou sonhar com essa porra.



* eu sei que tem funcionário do cemitério que cuida e tal, mas colocar flor não é com eles.
** o primeiro vai ser motorista de carrocinha. Vou catar todos os cachorros abandonados e levar pra minha casa. Vou ser a crazy dog lady.

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14.11.07

and i know these chalk hills will rot my bones

Depois eu digo que mulher é o futuro e as pessoas me olham com cara de 'claro que você vai achar isso, sapatão'. Mas é sério.
O tanque do meu carro tá impossível de abrir. Então cada vez que eu tenho que abastecer, é um parto. Vou de posto em posto pelo bairro pra achar uma alma santa que consiga abrir. Voltando do trabalho ontem*, foi igual. Parei em 5 postos, já com o tanque na reserva. Uns 30 homens, juntando esses 5 postos, tentaram abrir o tanque.
No sexto posto, já sem esperança, uma mulher me atendeu.
E conseguiu. Depois de ser cutucada por 30 homens, chegou a primeira mulher e conseguiu. Eu tô quase fazendo piada de mal gosto, mas agora eu sou adulta. Pegael.
Dei um sonho de valsa** pra mocinha hábil e saí do posto com a sensação de ter descoberto a solução pra humanidade.
...
Ando com tanta dor de estômago. Acho que é reflexo da adulteza***. Será que é por isso que todo adulto é chato? Por causa de dor de estômago? Tô assim desde sábado. Nem sei mais quando a dor é de fome ou de adulteza. Então eu tô me entupindo de antiácido. Viciada. Em antiácido. O que é tão pateticamente a minha cara. No estojo do óculos tem chave de armário, cartão de identificação, óculos (barely), informativos importantes e uma cartela de antiácido. Fica até um pozinho de remédio no estojo (é mastigável e por isso meio despedaçável, eu não consigo engolir bolotas - e nem quadrados for that matter), já já vão me despedir por justa causa.
Como eu sou só um pouco nerd, lembrei do Joe Pitt. Que adorava atiçar a própria úlcera comendo hot dog e tomando coca-cola antes de tomar um gole de Pepto Bismol. E aí lembrei que o sado-masoquismo dele 'acabou' quando ele vomitou sangue e depois deu um basta na relação com a Harper. A partir daí, começou a viver assumindo quem era, sem precisar se punir por isso. Sem vomitar sangue. Sem iludir a minha Harper no processo (não que ela pudesse ser iludida. Não por ele anyway). Conseguindo dar um outro caminho pro desejo, transitando por outros lugares menos destrutivos. Então eu lembrei da conversa dele com o Louis na praia e tento não esquecer que preciso rever.
O Louis e o Joe são dois sado-masôs. O Louis, pessimista e cínico que vive eternamente esperando o fim dos dias (o que até dá pra entender, porque é meio que o fim dos dias pro Prior) e caga all over por causa disso, e o Joe, inocente e inexperiente que quer descobrir tudo mas se sente culpado. Acho que por isso deu certo por um tempo. Em um primeiro momento, o Joe mostra pro Louis como pode ser bacana se encantar com o mundo de novo. E o Louis mostra pro Joe como é ser você mesmo, por mais imprestável que você seja. É legal de ver. Há uns meses revi tudo, tive umas idéias boas mas como tava bêbada, não consigo lembrar de muita coisa.
Não sei mais do que eu tô falando, só sei que me recuso a escrever mais sobre isso sem antes escrever sobre o filme que eu ganhei dela.
E eu muito quero uma garrafinha de Pepto Bismol como a dele. Parece tão gostoso.
...
Quem vai comigo no Mix Brasil? E no Mix Music?
*grilos*



* tão incrível poder falar assim.
** porque eu sou pobre.
*** é brincadeira, não tô achando que cresci só porque agora tenho conta em banco. Faz favor.

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11.11.07

Tá foda. Tô com vergonha até de post de uma palavra só.

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cuidado com a cabeça do repolho

Eu até poderia ter vendido alguns pertences* e ter ido ver a Lily Allen ser sarcástica. Poderia ter matado a saudade de um ano e meio do cansei (desde 2004, eu nunca passei um ano e meio sem ir em show deles. No máximo a gente ficou uns 3 meses sem ver). Poderia ter ido conhecer outras bandas, sentir aquele clima de festival que é incrível, rever desconhecidos ilustres.
Mas não fui e não me arrependo. Preferi encontrar pessoas que me são mais significativas que asiul xxxofevol e cia. Pessoas que, quando a coisa apertou, tavam lá. Não há art bitch (inclusive versão xaxado) que tenha estado presente como eles. Então pegael, planet earth. E num é mágoa de caboclo não, eu só trocaria a noite de hoje por uma noite de sexo selvagem com Leslie Feist Sarah Silverman Emma Thompson Paula Little Patrícia Travassos Chan Marshall.
...
Num tô criticando quem foi, pelamordaxuxa. Só tô dizendo que é bom ter as minhas prioridades em ordem. Canelinha, xixi na árvore, strip no carro, cabeça do repolho, vontade de casar, porrada, vontade de casar de novo, poder correr pra alguém que te segura (mesmo sem saber) quando *aquela* música toca...parraíso who?


* tipo o pâncreas ou o coração, um treco inútil assim. O ingresso até era barato.

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9.11.07

black winged roses that safely changed their color

E dá-lhe sonho. Muito medo, mamãe (oi!). Outro dia, duas amigas farfalhentas e queridas entraram pra um festival de música. As duas formaram uma dupla folk (além de formarem um casal, quase tipo Tegan and Sara). O show foi numa farmácia. Enquanto elas tocavam, eu comprei e tomei um frontal. O remédio era tipo aquele chicletão grandão, redondo, de máquina de moeda. Eu lembro de ter pensado 'porra, tomei frontal, vou desmaiar em praça pública. Mas não tô com sono!'.
Enfim, não dormi, vi o show até o final e elas ganharam o festival. Aí uma delas levou a outra pra conhecer a família. A mãe, que até então não sabia que a filha gostava de mocinhas, ficou muito feliz. E planejou um double date com elas. Muito medo.
De qualquer forma, é melhor do que sonhar que eu catava a Patrícia Travassos.
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É muito engraçado ter idéias maduras e revolucionárias (pro meu mundo), fico rindo de mim jurando que é truc meu, em mim mesma.

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7.11.07

you bet your life it is

Tô trabalhando no melhor horário do mundo e que não vai ser meu horário definitivo, infelizmente. Dá pra acordar tranqüila, não pegar trânsito e ver poucas (e muito boas) pessoas. Mas não tô reclamando não, tô é querendo gastar meu dinheiro do transporte em vodka e em uma tatuagem, que finalmente consegui ficar satisfeita com a idéia. Vai ser uma coisa bem rei do cadeião. Mas juro que não é de âncora, não tenho vocação pra Popeye. Tô mais pra Brutus mesmo.
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É totalmente irrelevante isso, como quase tudo por aqui, mas eu não consigo parar de ver Bionic Woman. Eu ainda vou fazer um post elaborado sobre isso, vocês já tão vendo, né? O tamanho da merda. Já peço perdão antecipadamente, mas quando acho que vou conseguir parar, acontece alguma coisa que me deixa bem 'q'. Tipo tocar uma versão bizarra de Cornflake girl numa cena de bar. Eu assisto esse seriado bêbada, mas conferi pra ver se era alucinação (e não era). Então parem de manipular, faz favor.

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5.11.07

may god's love be with you, always

O ruim de dormir 10 horas por dia é o quanto eu sonho. Tem acontecido tanta coisa nos meus sonhos que quando eu acordo, fico com medo. Medo mesmo. Acordo agradecendo pelo meu IP ser o mesmo há tipo uns 4 anos (a variação de um número nos últimos 6 meses eu nem considero). Don't ask. Mas até o Johnny Cash tem dado o ar da graça nos meus sonhos. Velhinho e doente, não tipo o Joaquin Phoenix. Outra noite eu make outei com uma atriz veterana da globo. Melhor não falar quem. Mas assustou. Devo ter acordado como a Allison Dubois.
E tudo muito colorido e com música (raramente sonho com música). Acho que meu leite é um dos batizados com soda cáustica.
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Às vezes tudo que a gente pode fazer é esperar ouvir um "Macaroni".

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3.11.07

fucking faggot!

Não sei onde eu fui parar, na verdade. Saí do ar nesses dias, de tão feliz. Porque todo mundo merece gostar do emprego. Todo mundo merece conhecer gente incrível. E receber mensagens fofas de amigos fofos desejando boa sorte. E voltar pra casa depois do trabalho tomando chuva, ouvindo a Hope Sandoval te falar sobre um sorriso fatal, ligando pros amigos pra combinar a saída de mais tarde. E receber um sorriso simpático de um estranho fofo de all star laranja. E ser aqüendada por uma menina fofíssima em plena luz do dia, na Augusta. E ter a saída mais incrível dos últimos meses. E conhecer gente sã. E gente louca. E ficar no telefone até 6h da manhã, rindo à toa. E ouvir She wants revenge na menor pista da cidade. E almoçar com pessoas queridas. E ver pessoas queridas felizes. E incorporar 'farfalhar' no vocabulário. E ser chamada de charmosa por pessoas com credibilidade até a próxima encarnação. E ouvir conselhos que ninguém tem coragem de dar. E sair do armário no segundo dia de trabalho. E perceber que tem gente que realmente quer falar com você, a ponto de ligar 14 vezes pro seu celular. E não ter tempo pra blogar.
Minha última semana, que tem sido irretocavelmente perfeita desde o tim feistval festival. Todo mundo merece semana assim.
...
Mas né. Se o meu histórico de relacionamentos amorosos for algum indicativo, agora que eu tô gostando do trabalho é que eu acabo despedida. Quando eu me empolgo muito é que vem o balde de água fria, sempre assim.

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